Pacientes com alopecia devem evitar tratamentos caseiros
A queda capilar precisa ser tratada no consultório médico, após extensa investigação. Uso de produtos em casa pode piorar a doença
atualizado
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A alopecia é uma doença inflamatória que provoca queda de cabelo. Diversos fatores estão envolvidos no seu desenvolvimento, como a genética e as reações autoimunes. Os fios começam a cair resultando mais frequentemente em falhas circulares sem pelos ou cabelos. A extensão dessa perda varia, sendo que, em alguns casos, poucas regiões são afetadas. Em outros, a perda de cabelo pode ser maior.
Há casos raros de alopecia total, nos quais o paciente perde todo o cabelo da cabeça, e alopecia universal, na qual caem os pelos de todo o corpo. A doença não é contagiosa. Fatores emocionais, traumas físicos e quadros infecciosos podem desencadear ou agravar o quadro.
A evolução da alopecia não é previsível. O cabelo sempre pode crescer novamente, mesmo que haja perda total. Isso ocorre porque a doença não destrói os folículos pilosos, apenas os mantêm inativos pela inflamação.
Apesar de existirem várias dicas e receitas na internet sobre como evitar a queda de cabelos, a recomendação é que, em caso de alopecia, o tratamento siga indicação médica. “Soluções caseiras devem ser usadas apenas para assuntos estéticos como, por exemplo, hidratação dos fios ou controle de oleosidade”, explica a dermatologista Fernanda Seabra, que atende na Aliança Instituto de Oncologia, em Brasília. “A queda excessiva de cabelo pode estar associada a outras doenças, por isso é fundamental uma investigação clínica”, completa.
Existem medicamentos tópicos para a alopecia e também tratamentos que promovem a estimulação do couro cabeludo para o crescimento dos fios. Os procedimentos visam controlar a doença, reduzir as falhas e evitar que novas surjam. Eles estimulam o folículo a produzir cabelo novamente e precisam ser mantidos até que a doença desapareça.