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O que se sabe sobre nova vacina contra Covid-19 que será testada no DF

Estão abertas as inscrições para brasilienses interessados em se voluntariar para o estudo de desenvolvimento do imunizante da GSK/Medicago

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pesquisa em laboratório
1 de 1 pesquisa em laboratório - Foto: Reptile8488/GettyImages

O laboratório canadense Medicago abriu as inscrições, nesta semana, para brasilienses interessados em participar dos ensaios clínicos de fase 3 do imunizante desenvolvido pela empresa, contra a Covid-19. Os testes foram autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e constituem o quinto estudo a ser realizado no Brasil, no que se refere a vacinas para o enfrentamento da doença do novo coronavírus.

A fórmula usa tecnologia de partícula semelhante ao coronavírus (CoVLP). É composta da proteína Spike – responsável pela replicação do patógeno no organismo humano –, expressa em forma de partículas semelhantes ao vírus (VLPs), coadministradas com um adjuvante, em duas doses com intervalo de 21 dias entre elas.

A diferença entre os imunizantes anteriores é que o fármaco canadense adota uma tecnologia baseada em vegetais. O fragmento do Sars-CoV-2 é inserido em uma substância da planta Nicotiana benthamiana, da família do tabaco. Apesar de ser rica em nicotina e outros alcaloides, essa planta não é prejudicial ao organismo humano.

Em entrevista à rádio NEWS 1130, o professor de engenharia biomédica da Universidade de Toronto, Omar Khan, explicou: “A vacina é uma versão muito interessante, quase vazia do vírus, não tem nenhuma das outras partes, então é apenas uma casca”. “Não é nenhuma das partes do patógeno nela. Não há nenhuma informação genética lá. Algumas proteínas lá que são montadas juntas se assemelham ao que um vírus real é.”

Ele também afirmou que outra vantagem da tecnologia à base de plantas seria a maior facilidade de ser produzida em todo o mundo. “Outros lugares, que podem não ser capazes de fazer vacinas de mRNA, conseguem fazer uma vacina VLP muito eficaz. Isso é ótimo porque dá às pessoas mais oferta e pode realmente nos ajudar a conter o crescimento global dos números de infecção ”, disse.

Testes no DF
“A finalidade deste estudo é avaliar segurança, eficácia e imunogenicidade da vacina contra o novo coronavírus, além de acompanhar a resposta imunológica nos participantes”, explica Eduardo Freire, médico e diretor do L2iP, instituto que conduzirá os estudos com a vacina canadense no Distrito Federal. O L2iP também é responsável pelos ensaios clínicos da fase 3 do imunizante Johnson & Johnson no DF.

Os estudos de fase 3 terão início na próxima semana. Os interessados em participar da pesquisa de desenvolvimento do imunizante devem ter mais de 18 anos e efetuar as inscrições, que já estão disponíveis para os voluntários. Além do Brasil, o estudo será realizado em 10 países, incluindo Canadá, Estados Unidos e México, e deve acompanhar 30 mil pacientes. As fases 1 e 2 de estudos do imunizante da Medicago, que tem parceria com a britânica GSK, foram realizadas no Canadá e nos Estados Unidos.

A fase 3 corresponde à etapa em que a vacina é testada em larga escala, para validar a relação de eficácia e segurança do medicamento.

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