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Mulher passa 20 anos sem 24 dentes por causa de gengivite. Entenda

Maria Aparecida perdeu o primeiro dente quando tinha 16 anos. Desde então, ela teve problemas de autoestima, alimentares e psicológicos

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Imagem colorida de mulher vestida com casaco em fundo roxo enquanto sorri - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de mulher vestida com casaco em fundo roxo enquanto sorri - Metrópoles - Foto: Divulgação

O sorriso é algo que impacta diretamente na autoestima. Sorrir com naturalidade, porém, não é algo acessível a todos. Era o caso da líder comunitária Maria Aparecida da Silva Ferreira, de 51 anos, que passou 20 anos sem boa parte dos dentes. “Eu tinha apenas quatro em cima e quatro embaixo. Eu evitava sorrir”, conta.

Maria foi diagnosticada com gengivite grave aos 20 anos, mas ela destaca que desde a infância tinha problemas dentários. “Me arrependo de não ter me cuidado melhor. Tenho cárie desde os 5 anos, e o primeiro dente caiu quando eu tinha 16. A partir daí, tive receio de sorrir e até de assumir a liderança em projetos da minha vida”, afirma.

A gengivite é caracterizada pela inflamação das gengivas, o que causa vermelhidão, sangramentos e inchaço. Segundo o dentista João Picinini, ela pode ocorrer devido à higiene bucal inadequada e, caso não seja tratada, pode evoluir para uma periodontite, doença mais grave que afeta os ossos e leva à perda dentária.

“A saúde bucal está ligada à saúde do corpo todo. Se a boca não está saudável, provavelmente o organismo também não está. Negligenciar a gengivite pode levar à periodontite. Portanto, use fio dental para evitar o acúmulo de bactérias nos dentes”, alerta.

Maria conta que, pela falta de cuidados, precisou passar pelo primeiro canal dentário aos 12 anos, quando foi ao dentista por intermédio da escola. “Eu não tinha acesso fácil a dentistas durante a infância”, lembra.

“As cáries são outra consequência da falta de higiene e podem causar a perda do dente. Pode não doer no início, mas assim que a cavidade evolui e atinge o nervo, é quando o problema apresenta incômodo. Por isso, é necessário intervir no início”, afirma o dentista.

A necessidade de implante dentário

Maria relata que perdia de um a dois dentes por ano depois dos 16 anos. Além da autoestima, a perda dentária afetava a alimentação e o psicológico dela. “Eu precisava triturar carne para comer, pois os dentes que me restavam eram muito moles. Fiquei muito abalada e me sentia inferior”, afirma.

Ela chegou ao ponto de recorrer a uma prótese móvel, no entanto mais dentes foram caindo. Em 2022, surgiu a oportunidade de realizar um implante, já que ela não queria usar dentadura. Depois de passar pelo processo, Maria começou a cuidar melhor da saúde bucal até que o quadro de gengivite estabilizasse.

“Depois da cirurgia, me sinto outra pessoa. Minha autoestima e comunicação melhoraram 100%. Ainda hoje, me olho no espelho e não acredito no que vejo. A nossa vida é sempre cheia de problemas, mas agora consigo enfrentá-los sorrindo. Falo para minhas filhas que, mesmo chorando, estou sorrindo”, afirma Maria.

“O implante é um processo tranquilo, não dói e tem a vantagem de ser permanente. O pós-operatório requer cuidados de higiene, alimentação pastosa durante pouco tempo e repouso. É interessante explicar que não é necessário colocar dente por dente. É possível realizar uma prótese total”, afirma Picinini.

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