Moderna cria vacina da Covid-19 adaptada para variante sul-africana

A empresa criou uma fórmula específica para a variante que tem se mostrado mais resistente aos imunizantes em uso atualmente

25/02/2021 10:32, atualizado 25/02/2021 10:32

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Luka Dakskobler/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

1 de 1 Vacina Moderna Covid-19 - Foto: Luka Dakskobler/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

A farmacêutica Moderna informou, nessa quarta-feira (24/2), que desenvolveu uma fórmula atualizada da vacina contra a Covid-19 para combater a variante sul-africana do vírus Sars-CoV-2. A empresa norte-americana de biotecnologia pretende testar diferentes abordagens para o uso do imunizante a fim de combater o vírus mutante.

As vacinas foram enviadas para os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos para estudos adicionais com novos testes clínicos em humanos. A organização também ajudou a desenvolver a vacina atual da Moderna. Pesquisas feitas pela empresa mostraram que a vacina em uso atualmente pode não ser tão eficaz contra a variante encontrada na África do Sul (501Y.V2).

Agora, os cientistas querem saber qual é a melhor estratégia para combater o vírus com diferentes abordagens: injeção de reforço adicional; injeção de reforço combinada, que mistura a vacina em uso hoje com a experimental; e injeção de reforço extra sobre a vacina de duas doses atual.

O estudo também vai abranger os grupos de pessoas que não foram vacinadas e não tiveram Covid-19 até então, com testes usando a injeção experimental e a combinada com vacinas primárias contra Covid-19, administradas em regimes de duas doses.

Em um comunicado à imprensa, o CEO da Moderna, Stephane Bancel, informou que a empresa age rapidamente para testar atualizações nas vacinas contra as variantes emergentes do vírus.

“A Moderna está empenhada em fazer quantas atualizações em nossa vacina forem necessárias até que a pandemia esteja sob controle. Esperamos demonstrar que as doses de reforço, se necessárias, poderão ser dadas em níveis de dose mais baixos, o que nos permitirá fornecer muito mais doses à comunidade global no fim de 2021 e em 2022”, disse Bancel.