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Mito ou verdade: a cabeça perde mais calor que o resto do corpo?

Essa informação se popularizou a partir de um experimento do governo americano com soldados em temperaturas extremas, na década de 1950

atualizado

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Roxane Clediere, Unsplash
Mulher contempla paisagem no frio
1 de 1 Mulher contempla paisagem no frio - Foto: Roxane Clediere, Unsplash

Dicas de inverno sobre como evitar doenças, como se alimentar melhor e até como manter o corpo aquecido têm circulado nas redes sociais. Um manual de sobrevivência bastante popular nos grupos de WhatsApp traz um alerta baseado na teoria de que perdemos até 40% a mais de calor pela cabeça e, por isso, seria importante protegê-la mais do que outras partes do corpo.

Segundo o texto, a primeira coisa que o organismo faz para reagir às temperaturas baixas é diminuir a circulação nas extremidades para enviar sangue à cabeça. A mensagem segue dizendo que não adianta cobrir mãos com luvas e pés com meias grossas, se a cabeça estiver desprotegida.

De acordo com Luciano Lourenço, clínico geral e coordenador da emergência do Hospital Santa Lúcia, a mensagem é falsa. “Todas as partes do corpo perdem igualmente calor”, justifica. A teoria, inclusive, foi derrubada em 2017 pela Universidade de Indiana, nos EUA.

Segundo os americanos, o mito ganhou força nos anos 1950, a partir de um estudo do governo com soldados, em que eles foram expostos a temperaturas extremas e vestidos com roupas de sobrevivência, mas ficaram com as cabeças desprotegidas. No entanto, os especialistas garantem que a pessoa não perde mais do que 10% do calor pela cabeça nem mesmo em caso de sair pelada para um passeio pela neve.

Uma parte da teoria, no entanto, é legítima. No frio, as extremidades sofrem mais, seja o rosto, a cabeça, os pés ou as mãos. “São regiões ricas em vascularização periférica”, explica. Isso faz com que, no frio, esses vasos sanguíneos se contraiam para evitar a perda de calor, o que torna a sensação de frio mais intensa.

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