Ginástica cerebral: conheça 7 exercícios para malhar os neurônios
Especialista em atividades que estimulam a mente indica práticas que retardam o envelhecimento cerebral
atualizado
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Lapsos de memória, dificuldade de concentração, raciocínio lento e desatenção são alguns sintomas do envelhecimento cerebral. Com o tempo, o agravamento deles pode resultar em diagnósticos de Alzheimer e demência. No entanto, existem exercícios para fortalecer, dar vigor e agilidade ao cérebro.
Os fundadores do site Tricô Mental, Mauricio Bechelli e Fabrizio Bechelli, reuniram dicas de psicólogos, neuropsicólogos, neurocoachs e pedagogos, para criar a série de livros Cérebro Ativo (Matrix Editora). De acordo com eles, os exercícios ajudam a aprimorar as funções cognitivas e retardar o envelhecimento da mente.
Fabrizio Bechelli explica que a ginástica cerebral é divertida e pode ser feita em qualquer lugar. Incorporada na rotina, ela gera estímulos diários. Ele, que se auto intitula neurocoach, sugere que os exercícios sejam incluídos aos poucos e que os desafios sejam crescentes.
Conheça 7 exercícios para malhar os neurônios:
1. Trocar os talheres de lugar
Alterar vez ou outra a disposição na qual colocamos garfos, facas e colheres na mesa de jantar ajuda a estimular o cérebro. Trocar objetos de lugar introduz uma novidade que impede o “piloto automático” na realização de tarefas.
2. Sentar à mesa em um lugar diferente
“Temos a tendência de sentar sempre no mesmo lugar para comer, então perdemos a perspectiva dos nossos arredores”, afirma Fabrizio. Segundo ele, essa pequena mudança estimula novas percepções sobre o espaço que estimula o cérebro.
3. Ler ao contrário
Fazer a leitura ao contrário ou de cabeça para baixo de livros, jornais, revistas e até mesmo de folhetos de propaganda é outro exercício que potencializa a mente. A brincadeira ajuda a melhorar a capacidade de raciocínio e concentração. Embora seja difícil, é preciso ter persistência para praticar.

O Parkinson, o Alzheimer e a demência são doenças neurodegenerativas que afetam principalmente a população idosa. As condições são progressivas e, com o passar do tempo, o paciente torna-se mais dependente do cuidado de terceiros Getty Images

É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais Getty Images

Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes Divulgação

O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos Pixabay

Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição Pixabay

O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais Pixabay

As consequências mais recorrentes são o comprometimento da memória, do comportamento, do pensamento e da capacidade de aprendizagem Pixabay

A demência é progressiva e os sintomas iniciais bastante conhecidos: perda de memória e confusão são os mais comuns. A condição atinge até 25% das pessoas com mais de 85 anos no Brasil Pixabay

Problemas na fala e dificuldade em tomar decisões também estão entre os sinais. Porém, há outros indícios sutis que podem alertar para o desenvolvimento de alguns tipos de doenças degenerativas Pixabay

Problemas de visão: um estudo feito no Reino Unido pela UK Biobank mostra que pessoas com degeneração macular relacionada à idade têm 25% mais chance de ter demência Pixabay

Perda auditiva: pode estar ligada a mudanças celulares no cérebro. Mas a perda de visão e audição pode levar o idoso ao isolamento social, que é conhecido há anos como um fator de risco para Alzheimer e outras formas de demência Agência Brasil

Mudanças de humor: pessoas com quadros iniciais de demência param de achar piadas engraçadas ou não entendem situações que costumavam achar divertidas e podem ter dificuldade de entender sarcasmo Pixabay

Problemas na gengiva: pesquisas apontam que a saúde bucal está relacionada a problemas mentais e pode estar ligada também à diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto, obesidade e alcoolismo — todos também são fatores de risco para a demência Reprodução

Isolamento social: o sintoma pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. A falta de paciência com amigos e familiares e a preferência por ficar sozinho podem ser sinais de problemas químicos no cérebro ou falta de vitaminas Pixabay

Outros sinais que podem indicar doenças neurodegenerativas, são: desinteresse pelas atividades habituais, dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia, repetir conversas ou tarefas, Desorientação em locais conhecidos e dificuldade de memorização Pixabay
4. Fazer listas
Listar nomes, palavras e objetos de acordo com suas letras iniciais ou terminações é uma prática que pode ser feita por diversão que exercitará as habilidades mentais de lembrar, organizar e associar coisas.
5. Escrever com a outra mão
Tentar escrever com a mão não-dominante gera estímulo no lado do cérebro sobre o qual você tem menos controle. Outro exercício semelhante é escovar os dentes dessa forma.
6. Trocar a estação de rádio
De acordo com Fabrizio Bechelli, pequenas mudanças geram grande impacto na mente, tanto a curto quanto a longo prazo. Ele explica que trocar de estação de rádio ou ouvir um estilo musical diferente do qual estamos acostumados ajuda a nos abrir para o que é novo, fazendo com que a mente seja mais receptiva a outros conteúdos.
7. Aprender uma nova receita
Ainda no aspecto de mudanças, aprender uma receita, um idioma, um novo hobby ou instrumento é importante tanto para a concentração quanto para a memória.
A recomendação para a prática de exercícios cerebrais é de pelo menos três horas por semana, e as atividades devem ser divididas para não gerar cansaço nem estresse. Fabrizio Bechelli indica que os exercícios sejam realizados independente da idade.
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