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Farmacêutica do DF: “Estou com Covid-19 e não pude fazer exame”

Farmacêutica de 26 anos está em isolamento desde quinta-feira (19/03), quando esteve em um hospital da rede particular

atualizado

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Uma farmacêutica de 26 anos que trabalha na Asa Norte está em isolamento domiciliar desde a quinta-feira passada (19/03) por ter apresentado sintomas da Covid-19. Ela acredita ter sido contaminada por uma cliente. A jovem, no entanto, não pôde fazer o exame e ter certeza do diagnóstico.

“Estou muito preocupada, pelo meu avô que tem 90 anos. Gostaria de saber o risco real que a minha família está correndo”, afirma a moça.

Ela chegou a buscar atendimento no Hospital Santa Helena, depois de apresentar febre e dores no peito, e recebeu um atestado de 14 dias, no qual está especificada a CID B 32.4, que indica prováveis infecções por coronavírus.

Os kits de exame para comprovar a infecção pelo novo coronavírus estão sendo racionalizados – são indicados apenas para pacientes com quadros mais graves da doença a fim de orientar o tratamento durante a internação.

“A médica que me atendeu pediu que voltasse para casa e seguisse junto com minha família as regras de uma quarentena de 14 dias“, conta a moradora de Ceilândia, que vive com os pais, que têm 58 e 59 anos. O avô tem 90 anos, não mora no mesmo endereço, mas é assistido pela mãe dela.

De acordo com as orientações do Ministério da Saúde, na fase em que estamos, de mitigação da doença, qualquer síndrome gripal deve ser tratada como coronavírus para que os pacientes mantenham o isolamento compulsório e, dessa maneira, evitem contagiar outras pessoas.

A farmacêutica diz ter certeza de que está com a doença. “Dois dias antes de sentir os primeiros sintomas, atendi na farmácia uma mulher que falava ao telefone com uma amiga e ela disse que o teste dela tinha dado positivo. Minha vontade era de tomar banho de álcool em gel.”

A jovem conta que fica o dia inteiro dentro do quarto, seus utensílios ficam separados em uma bacia e tem sido a única a usar um dos banheiros da casa. “Desde sábado, estou me sentindo melhor”, afirma ela que, no entanto, preferiu não se identificar para evitar situações de preconceito no local de trabalho.

“Atendo o público, sou uma profissional de saúde, ainda há muita desinformação sobre essa doença. Prefiro não me expor”, afirma.

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