Ressonância preventiva adotada por famosos não é indicada por médicos
Kim Kardashian divulgou em suas redes que faz ressonâncias preventivas, mas especialistas apontam que não há benefícios neste uso
atualizado
Compartilhar notícia
Na última semana, a influencer Kim Kardashian compartilhou em suas redes sociais que está fazendo ressonâncias magnéticas de corpo inteiro de forma preventiva para detectar possíveis doenças.
O exame de uma hora de duração também tem sido divulgado por outras influencers americanas. Segundo Kim, a ressonância poderia detectar câncer e aneurismas em estágios iniciais. “Não é uma publi, é algo que realmente salvou a vida de alguns dos meus amigos e eu só queria compartilhar”, afirma.
Porém, médicos apontam que o exame não deveria ser feito sem orientação médica. O oncologista Túlio de Oliveira César, da Santa Casa de São José dos Campos (SP), afirma que a ressonância não pode ser usada para prevenção, uma vez que é um teste geral e detecta mudanças de forma inespecífica.
Kim Kardashian
Kim Kardashian é socialite Jon Kopaloff?Getty Images
kim kardashian-blackface-polêmica
Empresária, influencer, socialite, mãe e... advogada! Divulgação/KKW Beauty
kim kardashian
Kim Kardashian Dimitrios Kambouris/Getty Images
Dica de Kim Kardashian: cremes roxos para clarear os dentes funcionam? Clareadores de dentes que usam colorantes roxos estão sendo promovidos por influencers, mas têm ação contestada - Metrópoles
Dica de Kim Kardashian: cremes roxos para clarear os dentes funcionam? Clareadores de dentes que usam colorantes roxos estão sendo promovidos por influencers, mas têm ação contestada Reprodução/hismile
kim kardashian (2)
Kim Kardashian é estrela de reality show, influenciadora, empresária e advogada Instagram/Reprodução
Para o especialista, o exame pode ter o efeito contrário do esperado, levando o paciente a um sobrediagnóstico — quando pequenos sinais apontados no teste preocupam e geram tensão, mas se provam inofensivos no futuro.
“As ressonâncias não são indicadas para a população geral e não há comprovações de que fazer exames como este periodicamente aumentaria a sobrevida do paciente. Além disso, com raras exceções, como na síndrome de Li-Fraumeni, usar este método pode levar ao sobrediagnóstico e sobretratamento”, explica o médico.
Siga a editoria de Saúde do Metrópoles no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!
