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Fabricante marca reunião com governo para acertar venda do rendesivir

O laboratório Gilead e o Ministério da Saúde vão fechar detalhes para a compra do primeiro medicamento com indicação para Covid-19

atualizado

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1 de 1 rendesivir - Foto: Divulgação

Representantes do laboratório Gilead, fabricante do antiviral Rendesivir, agendaram uma reunião com o Ministério da Saúde para combinar os últimos detalhes do fornecimento do remédio. Na última sexta-feira (12/3), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou que o medicamento será o primeiro a ter em bula indicação contra a Covid-19 e a receber registro da agência. Segundo informações do jornal Valor Econômico, o preço, a quantidade e o cronograma de entrega serão negociados pela empresa diretamente com a pasta.

O Rendesivir, aprovado com o nome comercial Veklury, já foi liberado por agências regulatórias de diversos países, como Estados Unidos, Canadá e Reino Unido. O medicamento foi criado inicialmente para tratar o ebola. Ele atua como um antiviral – impede que o Sars-CoV-2 se conecte às células, detendo a infecção – e tem sido usado experimentalmente contra doenças respiratórias.

O uso do remédio para infectados com coronavírus é destinado a pacientes com mais de 12 anos, acima de 40kg, que estejam com pneumonia e com necessidade de suplementação de oxigênio. “A indicação indicada em bula não se restringe a casos leves, moderados ou graves de Covid-19, mas para pacientes que requerem essa suplementação de oxigênio, desde que não estejam em ventilação mecânica”, afirmou Renata Lima Soares, gerente de Avaliação de Segurança e Eficácia da Anvisa.

A dosagem recomendada é uma dose única de 200 mg, administrada via intravenosa. A partir do segundo dia de tratamento, a dosagem cai para 100 mg. O tratamento deve ser feito por no mínimo 5 dias e, no máximo, 10 dias.

Os testes clínicos do medicamento foram realizados entre fevereiro e maio de 2020, com 6.283 pacientes. O principal estudo em fase 3 foi conduzido pelo órgão governamental norte-americano Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas. As pesquisas foram realizadas em 45 centros espalhados por diversos países, como Dinamarca, Reino Unido e Estados Unidos, mas nenhum no Brasil.

O objetivo principal foi avaliar a eficácia clínica na diminuição do tempo de internação. Após 28 dias de testes, os voluntários que foram medicados com Rendesivir se recuperaram em 10 dias, contra 15 dias do grupo placebo (pessoas que receberam um composto sem eficácia).

A maioria dos efeitos adversos foram observados nos dois grupos, o que indica que o medicamento não causa efeitos consideráveis. A pesquisa também não registrou nenhuma morte relacionada ao uso do remédio.

Em novembro do ano passado, a Organização Mundial de Saúde (OMS) atualizou o posicionamento sobre o uso do Remdesivir e passou a não recomendar o medicamento para o tratamento da Covid-19. Na época, o Grupo de Desenvolvimento de Diretrizes da OMS (GDG) entendeu que o medicamento não demonstrou “nenhum efeito na mortalidade, necessidade de ventilação mecânica, tempo para melhora clínica e outros resultados importantes para o paciente”.

 

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