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EUA determina que Johnson administre fábrica que estragou vacinas

Trabalhadores da empresa arruinaram 15 milhões de doses, ao misturarem ingredientes dos imunizantes da Johnson e da AstraZeneca

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Pavlo Gonchar/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Vacina Johnson & Johnson
1 de 1 Vacina Johnson & Johnson - Foto: Pavlo Gonchar/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Três dias após o anúncio de que funcionários de uma fábrica da empresa Emergent BioSolutions teriam misturado ingredientes das vacinas da Johnson & Johnson e da AstraZeneca/Oxford contra a Covid-19, estragando mais de 15 milhões de doses, o governo dos Estados Unidos decidiu obrigar a Johnson a gerenciar a fábrica. A ordem foi divulgada no sábado (3/4).

A confusão forçou reguladores de qualidade do medicamento a atrasarem a autorização das linhas de produção. Os imunizantes estragados não chegaram a ser envasados. Agora, de acordo com informações do NY Times, a empresa foi proibida de fabricar o imunizante desenvolvido pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, para que não haja a possibilidade de novos enganos no futuro.

A Johnson & Johnson demonstrou-se disposta a assumir a responsabilidade plena pela fábrica, alegando que conseguirá cumprir o compromisso feito com o governo norte-americano de entregar 100 milhões de doses até o fim de maio.

Já a AstraZeneca, que ainda não teve seu imunizante contra o coronavírus aprovado nos EUA, declarou que buscará outra alternativa junto ao governo do país para encontrar outra fábrica para produzir a vacina.

O Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid, na sigla em inglês) dos Estados Unidos questionou o ensaio clínico que constatou uma eficácia de 79% da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19. Em um comunicado à imprensa, o Niaid afirmou que os testes podem ter usado “informações desatualizadas” que poderiam “fornecer uma visão incompleta sobre os dados de eficácia”. Após as críticas, a farmacêutica anunciou que seu imunizante é, na verdade, 76% eficaz na prevenção de quadros sintomáticos da doença.

Em março, o governo dos Estados Unidos anunciou que estuda doar ao Brasil, ao Reino Unido e a outros países o excedente de vacinas da AstraZeneca/Oxford contra a Covid-19. Milhares de doses estão paradas, pois aguardam o resultado de um estudo clínico.

Com cerca de 73% de eficácia, a fórmula da AstraZeneca é uma das que o governo brasileiro usa para vacinar a população, além da Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan. No Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é parceira da AstraZeneca e responsável pela produção do imunizante em território nacional.

Veja como as vacinas contra a Covid-19 funcionam:

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