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Covid pode afetar produção dos hormônios da felicidade, mostra estudo

Novo estudo explica porque algumas pessoas diagnosticadas com Covid-19 se sentem irritadas, tristes, ansiosas e com problemas de memória

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Mulher em momento de tensão
1 de 1 Mulher em momento de tensão - Foto: Divulgação/Getty

Cientistas dos Estados Unidos afirmam ter descoberto porque algumas pessoas diagnosticadas com Covid-19 ficam mais irritadas, tristes e ansiosas, além de apresentarem problemas de memória e confusão mental.

Em um trabalho publicado na revista Cell Stem Cell, na quarta-feira (17/1), os pesquisadores da Universidade de Columbia, da Weill Cornell Medicine e do Memorial Sloan Kettering Cancer Center contam que o coronavírus tem a capacidade de infectar células cerebrais responsáveis pela produção de dopamina, impedindo o funcionamento adequado delas.

A dopamina tem várias funções no corpo. Ela influencia as nossas emoções, humor, atenção, aprendizado e controla o sistema motor. Danos nos neurônios dopaminérgicos – responsáveis pela produção de dopamina – podem causar fadiga, depressão, ansiedade e mau humor.

Os cientistas usaram células-tronco humanas cultivadas em laboratório para gerar vários tipos de células encontradas no corpo humano com o objetivo de estudar como o vírus afeta cada uma delas.

No caso dos neurônios dopaminérgicos, o vírus faz eles pararem de funcionar.

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo
Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais
Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar
A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus
Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo
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Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo

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Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais

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Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar

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A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus

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Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo

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Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma "segunda onda" dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo

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Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a dia

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Apesar de uma total recuperação da doença, estudos recentes da Universidade de Washington em Saint Louis, nos Estados Unidos, alertam que qualquer pessoa recuperada da Covid-19 pode sofrer complicações no ano seguinte à infecção, uma covid longa

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Foram analisados os dados de 150 mil pessoas que tiveram Covid-19 para chegar às complicações mais comuns

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O risco de ter um ataque cardíaco, por exemplo, é 63% maior para quem já teve a infecção. A chance de doença arterial coronariana sobe para 72%, e para infarto, 52%

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Também chama a atenção dos cientistas o aumento da quantidade de pacientes com depressão e ansiedade

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O estudo também registrou casos de Doença Arterial Coroniana, falência cardíaca, coágulos sanguíneos, batimentos irregulares e embolia pulmonar

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Após serem infectadas pelo coronavírus, essas células do sistema nervoso não conseguem crescer ou se dividir. “Este projeto começou para investigar como vários tipos de células em diferentes órgãos respondem à infecção pelo coronavírus. Testamos as células pulmonares, cardíacas, beta pancreáticas, mas a via da senescência só é ativada em neurônios dopaminérgicos. O resultado foi completamente inesperado”, disse o autor sênior do estudo, Shuibing Chen, da Weill Cornell Medicine, em comunicado.

A senescência é o processo natural de envelhecimento biológico ao nível celular, que resulta na incapacidade das células saudáveis de crescerem e se dividirem.

“A taxa de infecção dos neurônios dopaminérgicos não é tão alta quanto a das células pulmonares, o principal alvo do vírus, mas mesmo uma pequena população de células infectadas pode potencialmente ter um efeito grave”, explicou Chen.

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