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Entenda por que a decisão da OMS sobre a Covid não representa o fim da pandemia

Durante discurso desta sexta-feira (5/5), OMS destacou que a Covid-19 deve continuar sendo encarada como uma ameaça à saúde global

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1 de 1 Foto colorida mostra homem exibindo máscara de proteção facial - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metropoles

Nesta sexta-feira (5/5), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou que a Covid-19 não é mais uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (Espii).

O status de “Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional” é o nível mais alto de alerta da OMS e ocorre em situações que exigem uma resposta internacional coordenada, incluindo a vigilância sanitária e epidemiológica entre os países, os esforços direcionados para a invenção de tratamentos e vacinas e a colaboração no fornecimento de suprimentos médicos.

Durante o discurso desta sexta-feira, Tedros ressaltou que a Covid ainda representa uma ameaça à saúde global. “A Covid-19 não deixou de ser uma ameaça à saúde global. Na semana passada, a Covid ceifou uma vida a cada três minutos – e essas são apenas as mortes que conhecemos”, afirmou o diretor-geral da OMS.

Em 11 de março de 2020, a OMS caracterizou a Covid-19 como uma pandemia. O termo se refere à distribuição geográfica de uma doença, e não à sua gravidade. Como o vírus ainda está em circulação em vários países e há possibilidade de ocorrer mutações que levem a novas ondas da doença, a situação ainda é classificada como pandemia.

“É verdade que o vírus continua circulando em todos os países e que a pandemia não acabou. É verdade que existem muitas incertezas, principalmente em relação à evolução do vírus. Também é verdade que existem grandes lacunas nos relatórios de vigilância e nos cuidados de saúde, principalmente nos países mais vulneráveis”, disse Tedros.

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Repercussão

O pesquisador Claudio Maierovitch, da Fundação Osvaldo Cruz, explica que a declaração da OMS tem caráter administrativo, com o intuito de sinalizar que os países podem flexibilizar as medidas de enfrentamento da doença. “Na prática, essa flexibilização já vem ocorrendo. No Brasil, ainda no ano passado, a Covid-19 deixou se ser uma emergência pública”, explica.

Maierovitch não acredita que a OMS fará uma declaração formal sobre o fim da pandemia. “Fim de pandemia não se decreta, ainda mais em uma situação em que a circulação do vírus é intensa”, aponta.

 

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