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“Endemias também causam sofrimento e matam”, alerta diretor da OMS

Michael Ryan lembrou que doenças consideradas endêmicas, como HIV, malária e tuberculose matam milhões de pessoa todos os anos

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OMS/Reprodução
Mike Ryan na OMS
1 de 1 Mike Ryan na OMS - Foto: OMS/Reprodução

O diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, fez um alerta, neste sábado (12/3), de que o rebaixamento do nível de atenção da Covid-19 para endemia, adotado por muitos países que começam a relaxar as medidas de segurança, não deve ser encarado pela população como o fim do coronavírus.

Segundo Ryan lembrou que, mesmo doenças endêmicas, como HIV, malária e tuberculose, podem causar sofrimento e morte e precisam de programas de controle fortes para reduzir a transmissão do vírus e novas infecções.

“Endemia significa que o vírus está presente e sendo transmitido em níveis mais baixos, geralmente com alguma forma de transmissão sazonal ou surtos em uma situação endêmica. É um clássico para muitas doenças infecciosas”, explicou o diretor da OMS em um vídeo divulgado pela agência de saúde da ONU.

“Mas lembre-se, a endemia de HIV, endemia de tuberculose e endemia de malária mata milhões de pessoa neste planeta todos os anos. Então, por favor, não iguale endemia com ‘algo bom'”, continuou.

Para Ryan, mudar o nível de preocupação do vírus para “endêmico” é apenas como “mudar o rótulo. Isso não muda o desafio que enfrentamos”.

“Precisamos de um controle sustentado do vírus, proteção para os mais vulneráveis, sistemas de saúde fortes para lidar com essas infecções que podemos prevenir e precisamos ser capazes de continuar a fazer isso com os níveis de infecção que nós vivemos hoje”, completou.

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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem
Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente
Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada
Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes.  O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova
O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma
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Diante do cenário de pandemia e da ampliação da dose de reforço, algumas pessoas ainda se perguntam qual é a importância da terceira dose da vacina contra a Covid-19

Istock
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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente

Tomaz Silva/Agência Brasil
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Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada

Hugo Barreto/Metrópoles
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Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova

Westend61/GettyImages
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O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Um estudo conduzido pela University Hospital Southampton NHS Foundation Trust, no Reino Unido, mostrou que pessoas que receberam duas doses da AstraZeneca tiveram um aumento de 30 vezes nos níveis de anticorpos após reforço da vacina da Moderna, e aumento de 25 vezes com o reforço da Pfizer

Arthur Menescal/Especial Metrópoles
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As reações à dose de reforço são semelhantes às duas doses anteriores. É esperado que ocorram sintomas leves a moderados, como cansaço excessivo e dor no local da injeção. Porém, há também relatos de sintomas que incluem vermelhidão ou inchaço local, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre ou náusea

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Vale ressaltar que o uso de três doses tem o principal objetivo de diminuir a quantidade de casos graves e o número de hospitalizações por Covid-19

Vinícius Schmidt/Metrópoles

 

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