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DF: só 13% de grupo entre 20 e 29 anos se vacinou contra sarampo

Números foram divulgados durante lançamento nacional da campanha de vacinação contra a doença

atualizado

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Iuliia Mikhalitskaia/iStock
Imagem colorida de criança com catapora - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de criança com catapora - Metrópoles - Foto: Iuliia Mikhalitskaia/iStock

No Distrito Federal, 188.836 pessoas entre 20 e 29 anos ainda não tomaram vacina contra o sarampo. Apenas 13% do grupo, que foi alvo da última campanha de imunização, tomou a vacina – segundo o governo, pessoas dessa faixa etária tomaram apenas uma dose da vacina durante a infância, quando ainda não era preconizada a segunda dose, e estão vulneráveis à doença.

O baixo desempenho da campanha na capital do país reflete uma tendência nacional: no Brasil, a expectativa do Ministério da Saúde em 2019 era vacinar mais de 9 milhões de pessoas dessa faixa etária, mas só imunizou cerca de dois milhões de brasileiros, um resultado considerado “pífio” pelo secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira. Depois da última campanha, o alcance da cobertura vacinal chegou a 84% da população total do país.

Os dados foram divulgados no lançamento da campanha de vacinação contra o sarampo de 2020, que começa neste dia 10/02/2020, segue até 13/03/2020, e pretende, já na primeira fase, imunizar 3 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 19 anos em todo o país. No DF, a expectativa é vacinar 12.710 mil pessoas. Entre junho e agosto, a campanha deve voltar a reforçar a imunização no grupo entre 20 e 29 anos.

O Ministério afirma que 3,9 milhões de doses da vacina contra o sarampo já foram distribuídas para estados e municípios – um número 9% maior do que o necessário para garantir o estoque.

O sarampo voltou a assustar o Brasil em 2018. Em 2019, 18.203 casos foram confirmados no país e 15 óbitos foram registrados: um em Pernambuco e 14 em São Paulo. Em 2020, 202 casos já foram confirmados, 74,3% nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo Wanderson, o país trabalha para reconquistar o certificado internacional de erradicação do sarampo.

Anti-vacina
O ministro Luiz Henrique Mandetta afirma que os movimentos anti-vacina estão sendo combatidos com informação. “Estamos mostrando ciência e fatos. O vírus está circulando. A nossa campanha é para que a população entenda a consequência de não se vacinar, o preço dessa negligência pode ser a vida de uma criança. Alguns estados estão superalertados, mas falta um esforço adicional dos estados para cumprir a meta de vacinação”, afirma.

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