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Covid virou pandemia de idosos. Veja o que fazer para protegê-los

Apesar de o mundo ter retomado o ritmo de vida de antes da pandemia, a Covid continua a ser uma ameaça para as pessoas acima de 60

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Imagem colorida: idoso observa a rua pela janela - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida: idoso observa a rua pela janela - Metrópoles - Foto: Getty Images

Apesar da queda no número de diagnósticos e óbitos, a Covid-19 ainda representa um risco sério para os mais velhos. Ao contrário do resto da população, que já leva uma vida praticamente normal, os idosos, por serem mais vulneráveis às infecções e apresentarem menor resposta imunológica às vacinas, devem manter os cuidados para se protegerem do coronavírus.

“Estamos em um momento muito mais favorável, comparado ao que já vivemos antes, mas não podemos esquecer que o Sars-CoV-2 é o principal vírus de doença respiratória e, quando temos casos entre idosos, muitos evoluem para quadros graves e óbitos”, afirma o infectologia David Urbaez, do Exame Medicina Diagnóstica.

Isso ocorre porque o organismo humano sofre um processo natural chamado de imunossenescência, que consiste no envelhecimento do sistema imunológico. Ou seja, quanto mais velha é uma pessoa, menos ágil é a resposta contra infecções, contribuindo para o agravamento de doenças. Por esse motivo, as doenças infecciosas são, em regra, mais graves entre as pessoas com mais de 60 anos.

A produção de anticorpos pós-vacinas também costuma ser menor nas pessoas mais velhas. Um estudo da Universidade de Düsseldorf, na Alemanha, feito em 2021, mostrou que os maiores de 80 anos vacinados têm menor número de anticorpos em comparação aos vacinados de 60 anos.

O infectologista explica que, quando nos deparamos com um agente infeccioso novo, ao qual o organismo não tem memória de resposta, o desfecho da doença é mais grave, especialmente quando se trata de um sistema imunológico mais fraco.

“Sem nenhuma informação prévia, o sistema imunológico do idoso fica absolutamente vulnerável aos fatores patogênicos que o novo agente infeccioso desencadeia”, diz.

Prejuízo emocional

Além de todas as complicações à saúde física, a Covid-19 também se mostrou uma ameaça à integridade emocional dos idosos. Estudos mostram que medo, luto, estigma e insegurança fizeram com que muitos tivessem a saúde mental afetada, aumentando os casos de ansiedade e depressão.

“Nesse tipo de cenário há uma maior ameaça à vida, com consequências na interação social de um grupo que já é muito penitenciado pelo nosso sistema cultural”, comenta o infectologista.

Como proteger os idosos?

A principal estratégia para proteger os idosos contra a Covid-19 continua sendo manter a vacinação deles em dia. Urbaez destaca a importância de o governo estimular que toda a população se vacine para a construção de uma barreira coletiva.

Idosos com a saúde mais comprometida devem considerar medidas que possibilitem seu convívio social em segurança, como o uso de máscaras em locais fechados.

“O planejamento do risco deve ser diretamente proporcional à exposição a locais com maiores chances de transmissão, como recintos fechados e aglomerações”, explica o especialista.

O diagnóstico precoce e a busca por orientações médicas são obrigatórios para pessoas desta faixa etária que apresentem sintomas de Covid ou suspeitem que tiveram contato com alguém contaminado. É importante lembrar que já foram desenvolvidos medicamentos antivirais com eficácia comprovada para o tratamento profilático de pessoas mais vulneráveis.

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