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Covid: vacina evita caso grave, mas não impede transmissão, diz estudo

Pesquisa feita em casas de repouso que tiveram surtos da infecção mostra a eficácia dos imunizantes e a importância de medidas de proteção

atualizado

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Vinicius de Melo/Agência Brasília
Vacina contra a Covid-19
1 de 1 Vacina contra a Covid-19 - Foto: Vinicius de Melo/Agência Brasília

Pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp) investigaram dois surtos de Covid-19 em casas de repousos do município paulista e descobriram que pessoas vacinadas têm menor chance de desenvolver casos graves da doença, mas podem transmitir o vírus normalmente. Os infectados estavam com a variante Alfa (britânica).

Os resultados foram publicados em versão pré-print numa plataforma da revista The Lancet, ou seja, ainda não foram revisados pela comunidade científica.

O primeiro surto aconteceu em um instituto de longa permanência, um convento de freiras aposentadas, que reunia 18 residentes (15 vacinadas) e oito funcionários (sete deles, imunizados). Os vacinados receberam uma dose da AstraZeneca. Foram registrados 16 casos de Covid-19 após a vacinação, sendo que oito foram considerados leves, e oito, assintomáticos. Nenhum dos infectados precisou ser hospitalizado.

O segundo caso aconteceu em uma casa de repouso que tinha 36 residentes (32 vacinados) e 16 funcionários (10 imunizados), todos com as duas doses da Coronavac. Do total, 22 pessoas foram infectadas, sendo que 18 foram assintomáticas e quatro apresentaram quadros leves. Um residente de 84 anos, com Alzheimer, vacinado com as duas doses, morreu dias antes do início do estudo.

“Os resultados mostram que pessoas que foram vacinadas podem se infectar com a variante Alfa e, independentemente de ter a doença ou não, transmitir o vírus a quem ainda não foi vacinado. Isso é preocupante porque pode gerar um gargalo de seleção para linhagens que podem voltar a causar a doença mesmo em pessoas vacinadas. E mostra a importância de manter medidas de distanciamento social e o uso de máscara”, explicou José Luiz Proença, professor do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp), que coordenou o estudo, à Agência Fapesp.

Saiba como as vacinas contra Covid-19 atuam:

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