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Covid: HUB desenvolve técnica rápida para identificação de variantes

Pesquisadores do Hospital Universitário criaram um método mais simples para detectar as mutações do coronavírus

atualizado

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1 de 1 hub - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

Pesquisadores do Laboratório de Diagnóstico Molecular do Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB) desenvolveram uma nova tecnologia que permite identificar o tipo de variante presente em amostras de exames de Covid-19.

O teste é capaz de identificar e distinguir o conjunto de mutações presentes nas variantes Alfa, Gama (P1) e Delta. “Facilitar a identificação das variantes de Covid-19 pode trazer grande impacto no entendimento do comportamento da doença e no planejamento de ações para sua prevenção”, afirma o diretor de Ensino, Pesquisa e Atenção à Saúde da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Giuseppe Cesare Gatto.

A técnica, em teste desde maio deste ano, já foi usada na genotipagem de 811 amostras coletadas no Distrito Federal com resultado positivo para o novo coronavírus. “Esse trabalho fortalece o compromisso do HUB com a pesquisa, oferecendo novas tecnologias que possam responder perguntas importantes para o hospital e para a sociedade”, afirma Rodrigo Haddad, chefe da Divisão de Apoio Diagnóstico e Terapêutico do HUB.

Detecção de variantes

O método mais comum para a identificação de variantes é baseado no sequenciamento genômico, um processo mais caro, demorado e que demanda maior estrutura de equipamentos e pessoal.

A tecnologia criada no HUB se baseia na genotipagem por RT-PCR. Os pesquisadores estimam um custo até 90% menor, com resultado entregue em duas horas e meia.

“Com essas facilidades, conseguimos analisar uma quantidade maior de amostras, o que é essencial para o acompanhamento da predominância das variantes e para fins epidemiológicos”, explica Alex Pereira, professor da FCE-UnB e coordenador do estudo.

Predominância da Delta

Durante o estudo com o novo teste, os pesquisadores analisaram 811 amostras que passaram pelo teste de genotipagem, 264 deles eram de profissionais do HUB ou pacientes do hospital e 547, de moradores da Estrutural.

Os resultados mostraram o crescimento expressivo dos casos relacionados à variante Delta na região administrativa do DF. Em julho, 79% dos casos eram relacionados à variante Gama (P1), identificado pela primeira vez no Amazonas.

A variante Delta começou a surgir em agosto e já no final do mesmo mês representava 56% dos casos da Estrutural. Em setembro, ela foi responsável por 88% das infecções, enquanto a Gama (P1) foi identificada em apenas 2% das amostras, mostrando que a cepa encontrada pela primeira vez na Índia predominou.

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