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Covid-19: estudos reforçam que pessoas com sangue tipo O teriam menos risco

Pesquisas trazem novas evidências de que indivíduos do grupo sanguíneo estariam menos propensos a apresentarem a doença

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Mãos com luvas segurando tubos contendo sangue
1 de 1 Mãos com luvas segurando tubos contendo sangue - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Desde o início da pandemia, cientistas tentam desvendar quais características genéticas podem influenciar as chances de uma pessoa ser mais suscetível ao novo coronavírus ou vir a desenvolver um quadro mais grave da Covid-19. Nessa linha de investigação, os tipos sanguíneos viraram uma das obsessões dos pesquisadores.

Dois novos artigos publicados pela revista Blood Advances na quarta-feira (14/10) trazem novas informações sobre o assunto. Ambos afirmam que o risco de contrair Covid-19 é menor para pessoas do grupo sanguíneo O, enquanto aquelas com sangue dos tipos A e AB estariam mais propensas a desenvolver sintomas graves e a apresentar complicações.

Uma das pesquisas foi realizada na Dinamarca e comparou um grupo de 473.654 pessoas que foram submetidas a testes para Covid-19 do tipo PCR em tempo real entre 27 de fevereiro e 30 de julho (7.422 positivos e 466.232 negativos), com outras 2.204.742 que não haviam sido testadas, número que corresponde a, aproximadamente, 38% da população do país escandinavo.

Entre os pacientes, 38,41% tinham sangue tipo O, enquanto no grupo de controle essa porcentagem era de 41,7%, o que se traduz numa taxa de risco relativo entre 0,83% e 0,91% menor de contrair a doença para indivíduos desse grupo sanguíneo.

“Houve uma diferença leve, mas estatisticamente significativa na distribuição do grupo sanguíneo entre os indivíduos que testaram negativo para (o coronavírus) Sars-CoV-2 e o grupo de referência. Entre aqueles com Sars-CoV-2, foram encontrados consideravelmente menos indivíduos do grupo O, e mais indivíduos A, B e AB. Quando o grupo sanguíneo O foi excluído, nenhuma diferença significativa foi observada entre A, B e AB”, detalha o artigo.

Apesar de identificar o grupo sanguíneo como fator de risco para contrair a infecção, a pesquisa destaca que não encontrou nenhuma relação com a necessidade de internação ou com mortes causadas pela Covid-19.

Novas evidências
Realizado no Canadá, outro estudo afirma que pessoas de grupos sanguíneos A ou AB estariam propensas a desenvolver sintomas mais graves da doença e teriam maior risco de apresentar lesões pulmonares e de precisar de respiradores mecânicos, além de permanecerem mais tempo internadas do que aquelas dos grupos sanguíneos O ou B.

Isso poderia estar relacionado a um possível efeito “protetor” contra o vírus causado pela presença de anticorpos anti-A, o que já foi observado no caso do Sars-CoV-1 e que “poderia ter alguma relevância” para as infecções pelo coronavírus.

Para chegar aos resultados, os pesquisadores analisaram o sangue de 95 pacientes internados em estado grave em um hospital de Vancouver. Enquanto 61% dos 57 pacientes que tinham sangue O ou B precisaram da ajuda de respiradores, a taxa foi de 84% entre os 38 com tipos A e AB.

Os cientistas também observaram que mais pacientes com grupos sanguíneos A e AB precisaram ser submetidos a hemodiálise devido a insuficiência renal.

Dados do Brasil
No Brasil, há uma única pesquisa realizada sobre o assunto. Ela foi feita pela Dasa, empresa líder em medicina diagnóstica no país, e não encontrou resultados semelhantes ao dos estudos estrangeiros.

De acordo com os dados analisados, não haveria diferença substantiva que indicasse que pessoas de um grupo sanguíneo têm mais chances de testar positivo do que as dos outros. (Com informações da Agência EFE)

 

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