Até o término da leitura deste texto é possível que o número de mortos na Itália – que ultrapassa 6 mil até a manhã desta terça-feira (24/03) – seja maior. A situação no país se torna cada vez mais difícil, por conta da pandemia de coronavírus, e os italianos têm sofrido ainda mais por não poder se despedir de seus parentes.
A crise de saúde pública segue em colapso, mesmo com quarentena obrigatória, fechamento total de comércios e um trabalho incessante dos profissionais de saúde. Muitas regiões sofrem sem especialistas, respiradores e materiais de proteção para evitar o contágio pela Covid-19.
Os idosos, maioria entre os mortos, têm pouquíssimas chances de sobreviver e sofrem por não conseguir ver nos minutos finais de suas vidas o rosto de um familiar.

Campanha leva tablets a pacientes terminais de coronavírus para que possam se comunicar com parentes e se despediremReprodução/Twitter/Lorenzo Musotto

Na Itália, pacientes terminais de coronavírus ganharam o direito de dar adeus às famílias por meio de videoconferênciasReprodução/Twitter/Lorenzo Musotto

O padre Giuseppe Berardelli morreu após dar seu respirador a um paciente infectado mais jovem Reprodução

Giuseppe Berardelli era natural de Casigno, na região da Lombardia, a mais atingida pela doença na ItáliaReprodução/Twitter

Equipes do Escritório Regional do Mediterrâneo Oriental, da Organização Mundial da Saúde foram em missão no Irã ver a situação de pacientes infectados com o novo coronavírusDivulgação/OMS

Membros da OMS no Irã para acompanhar a evolução do novo coronavírusDivulgação/OMS

Uma família na Austrália comprou acidentalmente 2,3 mil rolos de papel higiênico em meio à pandemia de coronavírusReprodução/Facebook

Em imagens postadas nas rede sociais, Haidee Janetzki aparece sendo "coroada" como a rainha do trono de papel higiênicoReprodução/Facebook

Eles receberam as caixas de papel higiênico em meio ao desabastecimento de produtos nos comércios da AustráliaReprodução/Facebook

Vídeos divulgados nas redes sociais mostraram o pátio do local mais sagrado do Islã em Meca, na Arábia Saudita, praticamente desertoReprodução/Twitter

Com medo de serem contaminadas pelo novo vírus, pessoas passaram a usar camisinhas para apertar botões de elevadorReprodução/Twitter

A pandemia de coronavírus provocou correrias a supermercados e farmácias, onde as pessoas esgotaram alguns produtosReprodução/Facebook

Fotos de pessoas apertando botões de elevadores com camisinhas viralizaram Reprodução/Twitter

No início da pandemia, rolos de papel higiênico chegaram a faltar em vários supermercados do mundoReprodução/Facebook

Moradores estão estocando itens de todo tipoReprodução/Twitter

Pessoas em Cingapura e na Austrália estão estocando itens básicos por receio do coronavírusReprodução/Facebook

Navio Diamond Princess, um dos primeiros focos de coronavírus fora da China, foi isolado em porto do Japão após casos confirmadosReprodução/Twitter

Pangolim é apontado como hospedeiro intermediário do novo coronavírusDivulgação

Desinfecção de funcionários de uma funerária depois de o grupo lidar com o corpo de uma pessoa que morreu em decorrência do novo coronavírusFeature China/Barcroft Media via Getty Images

Trabalhador de equipe médica pelas ruas de Wuhan, na ChinaFeature China/Barcroft Media via Getty Images

Mulher usa máscara no mercado de Huanan, em Wuhan, o centro da epidemia de coronavírus. O local está interditadoGetty Images

Em Pequim, uma mulher usa máscara e óculos de sol para se proteger do coronavírusKevin Frayer/Getty Images
Devastada pela situação a médica Francesca Cortellaro, do hospital San Carlo Borromeu, em Milão, conta que uma campanha está sendo feita entre os italianos para permitir o último adeus entre familiares e os pacientes terminais.
“Você sabe o que é mais dramático? Observar os pacientes morrendo sozinhos, escutá-los pedir que se despeça seus filhos e netos por eles”, disse ela ao jornal italiano Il Giornale.
Um grupo de militantes do partido democrático de Milão têm liderado a iniciativa, batizada com o nome de “O direito de dizer adeus”.
Com cerca de 20 tablets, eles fazem a conexão entre pacientes no Hospital San Carlo e suas famílias, por meio de videochamadas.
“A ideia de não ser capaz de dizer adeus me machuca mais do que a própria morte e existem outros locais com idosos, hospitais e asilos, onde não há mais a possibilidade de dizer adeus”, lamentou um dos líderes do projeto, o vereador do partido democrático Lorenzo Musotto. Ele pede que mais pessoas possam doar tablets para esses pacientes.