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Coronavírus: doentes vindos do exterior acendem alerta na China

Wuhan registrou apenas uma nova contaminação doméstica hoje, mas 20 casos importados do exterior fazem autoridades entrarem em alerta

atualizado

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Coronavírus
1 de 1 Coronavírus - Foto: Getty Image

Numa inversão de papéis, é o governo da China agora que exige que quase todas as pessoas que chegam de viagens internacionais entrem em quarentena de 14 dias em hotéis designados por eles. O país está em alerta novamente depois encontrar, nesta terça-feira (17/03), mais 20 infectados com o novo coronavírus, o Covid-19, importados do exterior, o que pode prejudicar o progresso feito até então.

Hoje, apenas um caso doméstico foi registrado em Wuhan, primeiro epicentro do vírus, o que reforça a visão de que a China conseguiu “restringir” a disseminação da doença que iniciou na cidade em dezembro do ano passado e que hoje é declarada pela OMS como uma pandemia.

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Segundo a agência de notícias chinesa Xinhua, as medidas de triagem e quarentena ficaram mais rigorosas aos viajantes entram pela fronteira por meio de voos, trens, navios e estradas. É uma preocupação com o afluxo de casos do exterior, com uma média de 20 mil pessoas voando para a China todos os dias.

“Prevenir casos importados se tornou uma tarefa fundamental do trabalho de prevenção e controle de epidemias na China”, disse Wang Jun, funcionário da Administração Geral das Alfândegas, em uma entrevista coletiva.

O Covid-19 matou 13 pacientes hoje, elevando o número total de óbitos para 3.226. O país registrou 80.881 casos no total, mas menos de 9 mil pessoas continuam infectadas. Até o mês passado, 99% dos casos em todo o mundo estavam na China, mas agora são apenas 45%.

Vírus importado

Nove dos 20 novos casos importados de coronavírus ocorreram em Pequim e três em Xangai, elevando o número total de infecções confirmadas do exterior para 143, segundo a Comissão Nacional de Saúde.

No entanto, o progresso sobre a regressão da doença no país contrasta fortemente com a crescente crise em outros países, com a maior parte dos casos registrados na Europa, que é agora o epicentro da doença. O número de mortes no mundo já passou de 7.000, com mais de 181.500 casos em 146 países.

Wuhan e seus 11 milhões de pessoas foram colocados em quarentena estrita em 23 de janeiro, com o restante da província de Hubei sendo “trancada” nos dias seguintes.

As autoridades reforçaram ainda mais as restrições na cidade em 11 de fevereiro, confinando as pessoas em suas casas. Outras cidades do país também ordenaram que as pessoas ficassem em ambientes fechados, e nenhuma nova infecção doméstica foi detectada fora de Hubei por vários dias seguidos, com as restrições começando a ser diminuídas.

A China agora está se concentrando em reiniciar fábricas e negócios atingidos pelas políticas de contenção. O setor aéreo foi o mais atingido pela crise, com companhias aéreas registrando perdas totais de 20,96 bilhões de yuans (US $ 3 bilhões) em fevereiro, segundo o China Daily.

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