Segundo Ballalai, a Covid-19 gera grandes impactos na vida diária dos pequenos e, por isso, a imunização de crianças deve ser fortemente recomendada. “Não podemos pensar em fechar escolas novamente. É necessário que as crianças sejam vacinadas também”, adverte.
“A grande maioria dos eventos adversos pós-vacinação é decorrente da administração do produto errado à faixa etária, da dose inadequada e da preparação errônea do produto”, explicou a agência.
Outra recomendação é que seja mostrado ao responsável que se trata da vacina contra a Covid-19, com frasco na cor laranja, específica para crianças entre 5 a 11 anos. A seringa a ser utilizada (1 ml) e o volume a ser aplicado (0,2 ml) também devem ser apresentados antes da aplicação.
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A Anvisa aprovou, em 16 de dezembro, a aplicação do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Para isso, será usada uma versão pediátrica da vacina, denominada Comirnaty
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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos
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A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco
Aline Massuca/Metrópoles
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Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil
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Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações
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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
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Contudo, desde o aval para a aplicação da vacina em crianças, a Anvisa vem sofrendo críticas de Bolsonaro, de apoiadores do presidente e de grupos antivacina
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Para discutir imunização infantil, o Ministério da Saúde abriu consulta pública e anunciou que a vacinação pediátrica teria início em 14 de janeiro. Além disso, a apresentação de prescrição médica não será obrigatória
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Inicialmente, a intenção do governo era exigir prescrição. No entanto, após a audiência pública realizada com médicos e pesquisadores, o ministério decidiu recuar
Divulgação/ Saúde Goiânia
De acordo com a pasta, o imunizante usado será o da farmacêutica Pfizer e o intervalo sugerido entre cada dose será de oito semanas. Caso o menor não esteja acompanhado dos pais, ele deverá apresentar termo por escrito assinado pelo responsável
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Além disso, apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina
Aline Massuca/ Metrópoles
Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave
Igo Estrela/Metrópoles
Países como Israel, Chile, Canadá, Colômbia, Reino Unido, Argentina e Cuba, e a própria União Europeia, por exemplo, são alguns dos locais que autorizaram a vacinação contra a Covid-19 em crianças
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Nos Estados Unidos, a imunização infantil teve início em 3 de novembro. Até o momento, mais de 5 milhões de crianças já receberam a vacina contra Covid-19. Nenhuma morte foi registrada e eventos adversos graves foram raros
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A decisão do Ministério da Saúde de prolongar o intervalo das doses do imunizante contraria a orientação da Anvisa, que defende uma pausa de três semanas entre uma aplicação e outra para crianças de 5 a 11 anos
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Dose menor
De acordo com a Pfizer, a quantidade aplicada foi cuidadosamente selecionada com base em dados de segurança e imunogenicidade. Os estudos clínicos indicaram menor possibilidade de reações adversas no uso de doses menores e respostas imunológicas eficientes porque as crianças, normalmente, têm resposta imune mais robusta.
O infectologista Leonardo Weissmann, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), explica que, no caso do imunizante da Pfizer, os ensaios clínicos direcionados ao grupo mostraram que a proteção desejável já era alcançada com doses menores.
“Os testes demonstraram que uma dose menor do que a usada para pessoas com 12 anos ou mais era a preferida, mantendo proteção, segurança e tolerabilidade”, afirma.
Segurança da vacina
Durante a pesquisa clínica da vacina da Pfizer/BioNTech, os dados sobre a segurança do imunizante se mostraram favoráveis. De acordo com o órgão americano FDA, os estudos clínicos demonstraram eficácia de 90,7% na prevenção da Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos.
“Nos Estados Unidos, onde mais de oito milhões de doses já foram aplicadas em crianças, foram cerca de cinco mil relatos de eventos adversos, sendo que 97% deles eram leves e apenas 5% das crianças deixaram de ir para a escola por se sentirem mal depois da vacina”, diz Ballalai.
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