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Cientistas descobrem 10 genes que aumentam risco de esquizofrenia

As informações podem ajudar a entender os mecanismos subjacentes ao distúrbio e dar origem a novos medicamentos e tratamentos

atualizado

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DNA
1 de 1 DNA - Foto: Istock

Uma pesquisa feita pelo Hospital Geral de Massachusetts e pela Harvard Medical School pode dar novos rumos ao tratamento da esquizofrenia. Os médicos descobriram 10 genes que teriam papel crucial no desenvolvimento da doença.

Os cientistas analisaram o DNA de mais de 125 mil participantes, sendo que cerca de 25 mil já tinham sido diagnosticados com esquizofrenia. Os pesquisadores encontraram um padrão no genoma das pessoas com a doença.

O estudo identificou 10 genes que, ao apresentarem mutações, aumentariam consideravelmente o risco de esquizofrenia. Dois desses genes conteriam instruções para a produção de proteínas chamadas receptores de glutamato, responsáveis por determinar a forma como as células cerebrais se comunicam. Assim, quando estes genes aparecem modificados, o sistema de comunicação interna também muda, aumentando os riscos de esquizofrenia.

Atualmente, muitos antipsicóticos funcionam alterando os níveis de dopamina, outro neurotransmissor envolvido na esquizofrenia. A interação entre os receptores de glutamato e os de dopamina foi estudada por ser importante para a função do córtex pré-frontal, área relacionada à tomada de decisões e à modulação do comportamento social.

Os cientistas envolvidos no estudo acreditam que as informações podem ajudar a entender os mecanismos subjacentes ao distúrbio, o que contribuiria para o desenvolvimento de novos medicamentos e maneiras de tratar a doença.

De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a esquizofrenia é um transtorno que leva a alterações graves do comportamento, do pensamento, do afeto e da vontade. Cerca de 1% da população mundial sofre com sintomas relacionados a este transtorno, que reduz a média de vida dos portadores em 10 anos.

A esquizofrenia atinge 1,4 homens para cada 1 mulher. A doença não afeta somente os pacientes, mas também os familiares, seja por causa das alterações de comportamento do paciente ou pelos estigmas sociais que a doença carrega.

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