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Cientistas alertam para terceira onda de Covid-19 em Manaus

Pesquisadores que anunciaram segunda onda de infecções no Amazonas temem um novo ciclo epidêmico ainda pior

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Manaus Covid-19 falta de oxigênio 4
1 de 1 Manaus Covid-19 falta de oxigênio 4 - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O cientista responsável pelo artigo “Políticas do Brasil condenam a Amazônia a uma segunda onda de Covid-19“, publicado em agosto na revista Nature, faz agora um novo alerta para uma terceira onda de coronavírus na região, com mais mortes do que as registradas em 2020, caso medidas mais rígidas de combate à disseminação do vírus não sejam tomadas.

Em entrevista ao jornal The Intercept, o biólogo Lucas Ferrante, do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), afirmou que se reuniu com o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), em janeiro para falar sobre os riscos do aumento expressivo de casos na capital. No entanto, o alerta não surtiu efeito e as autoridades locais não seguiram os conselhos do especialista.

“Se não for tomada nenhuma iniciativa, como ocorreu no passado, a terceira onda será mais longa e matará muito mais gente. A alternativa é lockdown com mais de 90% de isolamento e vacinação de toda população de Manaus”, disse.

Ferrante escreveu um novo artigo que será publicado em breve em uma revista científica internacional. O documento está em fase de revisão. O novo estudo conta com a contribuição de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), do Amazonas (UFAM), de São João del-Rei (UFSJ) e de uma pesquisadora aposentada do Instituto Butantan

Eles construíram um modelo epidemiológico com informações a partir das taxas de transmissão da nova variante do vírus encontrada no Amazonas, de reinfecção da população por perda de imunidade após seis meses do primeiro diagnóstico, do grau de isolamento social adotado e das estatísticas de vacinação no estado.

O Amazonas foi uma das unidades federativas que mais sofreu com a pandemia de Covid-19. Em janeiro deste ano, após a explosão de novos casos, o estado passou por um colapso na saúde com falta de oxigênio e leitos para o tratamento da população. A média móvel de mortes teve um aumento de 632% no último mês.

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