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Thiago Brennand contrata 1ª mulher a presidir a OAB-SP para sua defesa

Com três condenações por estupro e agressão, Thiago Brennand enfrenta maratona de processos e já acumula pena de mais de 20 anos de prisão

atualizado

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Reprodução/Redes sociais
Imagem colorida de Thiago Brennand
1 de 1 Imagem colorida de Thiago Brennand - Foto: Reprodução/Redes sociais

São Paulo – Em meio a maratona de processos e recentes derrotas na Justiça, o empresário Thiago Brennand, de 42 anos, contratou a advogada Patricia Vanzolini, a primeira mulher a presidir a Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP), para reforçar sua banca de defesa.

Professora e especialista em Direito Criminal, Patricia Vanzolini é conhecida por se posicionar publicamente em defesa da “representatividade” e da “causa feminista”. A estratégia da sua contratação passa por tentar desconstruir a imagem de Thiago Brennand como um contumaz agressor de mulheres.

O Metrópoles apurou que a presidente da OAB-SP foi convidada para compor a banca de defesa do empresário, já composta por advogados de alto prestígio, no fim de 2023. Com três condenações e dois acordos feitos, ele acumula pena de mais de 20 anos de cadeia e se diz inocente em todas as acusações. Ainda cabe recurso em todos os casos.

Brennand ainda é alvo de outras quatro ações criminais que ainda não têm sentença. Ele foi denunciado por crimes sexuais, lesão corporal, cárcere privado e corrupção de menor.

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Julgamento

O ingresso de Patricia Vanzolini na banca de defesa de Brennand tem provocado reações e críticas nas redes sociais. Em nota enviada ao Metrópoles, ela afirma que tem a missão de garantir que o “devido processo legal” seja “garantido e respeitado”.

“O standart probatório nos crimes de gênero é um tema sobre o qual venho me debruçando há bastante tempo. Ou seja, como assegurar proteção às mulheres sem renunciar ao princípio basilar da presunção de inocência – que se aplica a todo réu, independentemente do crime do qual seja acusado”, diz.

Segundo afirma, sua função seria fazer com que as provas apresentadas nos processos sejam “analisadas de forma isenta e minuciosa”, sem prejulgamentos. A presidente da OAB também afirma que a sua atuação no caso “não se confunde” com o mandato.

“Continuo e continuarei defendendo a causa feminista, pela paridade no 5º Constitucional, nos postos de comando das instituições, na defesa intransigente das prerrogativas das mulheres advogadas – inclusive a de assumir a causa que elas entenderem por bem assumir”.

Antes, a defesa de Brennand já contava com o advogado Roberto Podval, famoso por atuar em casos de repercussão, como o do ex-ministro José Dirceu e do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá.

Ao Metrópoles, Podval afirma que o convite a Patricia Vanzolini foi para “ajudar a defesa em razão da quantidade de processos em andamento simultaneamente”. “Em função da demanda, sentimos necessidade de mais pessoas”, diz. “Estamos trabalhando juntos, dividindo tarefas, peças e audiências.

Condenações

A primeira condenação de Brennand aconteceu em outubro de 2023. Ele foi considerado culpado por estuprar uma norte-americana, em julho de 2021, e pegou 10 anos e seis meses de cadeia.

A vítima diz ter sido forçada pelo empresário a praticar sexo anal na mansão dele, em Porto Feliz, no interior paulista. Também afirma que, durante o relacionamento, foi xingada e ameaçada.

Ainda naquele mês, Brennand pegou mais um ano e oito meses de prisão, em regime semiaberto, por agredir a modelo Helena Gomes em uma academia de luxo, no Shopping Iguatemi, na zona oeste da capital paulista.

Imagens das câmeras internas mostram o empresário batendo no tórax da mulher, puxando seus cabelos e cuspindo em seu rosto. A agressão ocorreu em agosto de 2022 e foi responsável por trazer à tona uma série de denúncias contra o empresário.

Na semana passada, Brennand sofreu o terceiro revés no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e foi condenado por estuprar uma massagista brasileira, em Porto Feliz, em 2022.

A vítima diz que chegou a ter relação consensual com Brennand, mas o sexo “transmudou em coação quando solicitou o uso de preservativo”. “Depois de perceber a presença de diversas armas pela casa, a mulher foi levada a um quarto e estuprada ao se recusar a manter relações sexuais”, afirma a acusação.

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