Filme A Última Festa é uma grata comédia romântica adolescente
Com Marina Moschen e Thalita Meneghim, o filme A Última Festa oferece leveza em um passeio pelas emoções e descobertas adolescentes
atualizado
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Quantas coisas podem acontecer durante uma festa? O novo filme do diretor Matheus Souza chegou aos cinemas nesta quinta-feira (26/1) para mostrar que é muito mais do que se pode imaginar. No passeio entre as emoções e descobertas adolescentes, A Última Festa entrega romance e diversão.
“O filme é sobre como é intenso sentir qualquer coisa nessa idade. Quão épico são os amores e os sentimentos sobre qualquer coisa nessa idade. Tudo dialoga com quanto a gente romantiza essa fase da vida”, explica Matheus Souza em coletiva à imprensa.
Na história, que ele também escreveu, o público vai conhecer o grupo de amigos formado por Nina (Marina Moschen), Nathan (Christian Malheiros), Bianca (Thalita Meneghim) e Marina (Giulia Gayoso). Batizado de Bobas pra idade ainda na infância, o quarteto representa diferentes tipos de adolescentes e mostra as dúvidas sobre amor, sexo, sexualidade, amizade e vida profissinal de quem acaba de terminar o Ensino Médio. Mas tudo isso vai acontecer durante uma única noite: a festa de formatura.
Bianca é a típica estudante que presta vestibular para o curso que os pais queriam. Marina é a amiga sincerona do grupo e tem um namorado para lá de fofo. Nina se divide entre o amor e a busca por liberdade. Nathan quer se provar e ir além.
“São quatro amigos de uma vida inteira e acho que é uma amizade que vai muito além de qualquer relacionamento, é uma relação para vida. Amizade é um casamento, de fato. Foi um processo muito lindo”, relembra Marina Moschen. A atriz também explicou que as relações criadas entre os atores durante as filmagens, que foram feitas em Portugal, transparece nas cenas ao longo da produção.
Os coadjuvantes certos para A Última Festa
Embora o filme seja focada nos quatro amigos, alguns personagens aparecem para completar a história, mas dois deles chamam mais atenção: Leo (Victor Meyniel) e Caio (Victor Lamoglia). Os coadjuvantes entregam a dose certa de talento, carisma e humor para despertar risadas fáceis e empatia do público.
Leo representa uma parcela de estudantes muito comum aos filmes hollywoodianos. Gay, pobre e excêntrico, ele não é a pessoa de maior sucesso entre os populares, mas pode ser seu personagem preferido ao fim dos 100 minutos de filme.
Caio, por sua vez, é um rapaz simples, que tenta entender os próprios sentimentos e percebe que quando é para ser, as coisas se encaixam de um jeito bem mais fácil. Entre os dois, uma coisa é certa, eles mostram que a gente pode encontrar muito mais do que se espera quando está disposto e aberto.
Crítica do filme
A Última Festa é, realmente, uma grata comédia romântica adolescente. Com produção de Diogo Dahl e direção de Matheus Souza, o longa-metragem aparece como uma aposta certa para quem busca opções leves e divertidas, mas também oferece momentos de identificação para qualquer pessoa que já passou pela transição entre a adolescência e a vida adulta.
Um acerto da trama é trabalhar temas atuais, como fake news, escolhas políticas e sexualidade. A abordagem, que foge aos tabus, ensina e reconhece as diferenças, porém também brinca com situações que se tornaram comuns entre amigos e familiares nos últimos anos.
O filme também atualiza a imagem de adolescentes criada nas telas entre os anos 1990 e começo dos 2000, o que pode chocar a primeira vista. O consumo de álcool é normalizado com uma festa open bar regada a drinques, enquanto o sexo nos lembra das pressões vividas pelos jovens e também da importância de conscientizar o grupo sobre prevenção.
Avaliação: Ótimo