São Paulo – Após um ano e três meses da sua reabertura temporária, o Studio SP fecha as portas na Rua Augusta, no centro da capital paulista, nesta quinta-feira (9/3). A casa ganhou notoriedade por shows, mostras artísticas e, na fase mais recente, como reduto antibolsonarista.
Com forte posicionamento político, a casa recebeu uma série de candidatos de esquerda em eventos e foi palco de um dos últimos atos de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de 2022.
Também foi lá que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), lançou candidatura a deputada federal. Os debates foram transmitidos, ao vivo, por telão.
Esta é a segunda vez que o Studio SP encerra as atividades. A primeira foi em 2013. Com patrocínio de um ano da Heineken, investimentos do Mercado Bitcoin e foco na retomada cultural pós-pandemia de Covid, a casa voltou à ativa em novembro de 2021.
Nas redes sociais, o casa informa: “O Studio cumpriu o contrato de um ano que havia sido previamente estabelecido com os patrocinadores. Agora, toda nossa equipe vai se dedicar a outros projetos”.
“Até logo”
Ex-secretário de Cultura da capital, Alê Youssef deixou a gestão Ricardo Nunes (MDB) para liderar a retomada do Studio SP. Também foram sócios do projeto Alê Natacci, presidente do Blovo Acadêmicos do Baixo Augusta; e Ronaldo Lemos, do Expresso Futuro.
“Certamente, esse é apenas um ‘até logo’. Foi surpreendente a força da marca que tanto tempo depois manteve inequívoca relevância cultural e política e recebeu tanto carinho do público. Studio SP representa renovação e resistência cultural. Tenho certeza que ele pode voltar em outros tempos e formatos”, declarou Alê Youssef.
No período, a casa afirma ter recebido mais de 40 mil pessoas. Entre os artistas e bandas que se apresentaram no local, estão Céu, Tom Zé, Chico César, Fundo de Quintal e Luedji Luna.
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