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Quatro mortos em São Vicente: PMs encurralaram suspeitos em mangue

PMs cercaram suspeitos, deixando como única rota de fuga um matagal onde havia outra equipe da PM à espreita; nenhum policial se feriu

atualizado

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Reprodução/Google Street View
Rua Mário Davis Lerner, São Vicente
1 de 1 Rua Mário Davis Lerner, São Vicente - Foto: Reprodução/Google Street View

São Paulo – Na ação que terminou com quatro mortos no Jardim Rio Branco, na área continental de São Vicente, nessa terça-feira (27/2), policiais militares teriam encurralado os suspeitos em um beco onde funcionaria um ponto de venda de drogas, deixando como única rota de fuga um matagal onde havia uma outra equipe da PM à espreita. Segundo o registro da ocorrência, os suspeitos teriam atirado contra os policiais, que revidaram. Nenhum PM se feriu.

Entre os mortos, estão dois menores de idade, ambos com 17 anos. Um terceiro jovem, de 18 anos, era irmão de um dos adolescentes. O quarto suspeito, Peterson de Souza da Silva Xavier Nogueira, tinha 32 anos.

Eles foram levados para o Pronto Socorro Rio Branco e para o Pronto Socorro Vicentino, mas não resistiram. Um quinto suspeito, de 24 anos, também foi baleado, mas sobreviveu.

De acordo com a polícia, o ponto de venda de drogas está localizado no final da Rua Mário Davis Lerner, em um beco sem saída. O único acesso seria a própria rua, ou uma área de mangue e mato alto, que, segundo a polícia, costuma ser usada pelos suspeitos como rota de fuga.

Uma equipe da PM foi deslocada, por volta das 19h15, para o mangue para ir até o ponto de venda de drogas a pé, “visando a surpreender os traficantes pelo lado oposto”. De acordo com o registro da ocorrência, uma outra equipe foi até o local pela rua, com o objetivo de “garantir a segurança”.

“Para segurança da equipe, foi realizado contato solicitando apoio no local, pois se trata de região de intenso confronto com traficantes. Com a chegada do apoio pelo lado oposto que a equipe havia incursionado, os indivíduos tentaram se evadir pela trilha onde estavam os policiais militares condutor e testemunhas, vindo de encontro à equipe policial.”

A polícia apreendeu 2 revólveres e 1 pistola com várias munições deflagradas, além de porções de maconha, crack e cocaína, celulares e dinheiro. O caso foi registrado como tráfico de drogas, posse ou porte ilegal de arma de fogo, resistência e morte decorrente de intervenção policial na Delegacia sede de São Vicente.

Mortes no litoral

Com a ocorrência dessa terça-feira (27/2), sobe para 38 o número de mortes em incursões da PM no litoral, de acordo com a contagem da Secretaria da Segurança Pública, que tem início com a morte do soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo.

Os dados do Gaesp, do Ministério Público de São Paulo, mostram também outras três mortes ocorridas em Mongaguá e Itanhaém. Com elas, sobe para 40 o número de pessoas mortas em supostos confrontos com a corporação nas nove cidades da região metropolitana da Baixada Santista.

Caso sejam considerados os casos desde 26 de janeiro, depois da morte do policial Marcelo Augusto da Silva, então são 50 mortos por PMs nas cidades da região metropolitana da Baixada Santista.

Operação continua

Em entrevista concedida na noite da última segunda-feira (26/2) à Jovem Pan, o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou que a Operação Verão na Baixada Santista vai continuar, com o objetivo de prender mais lideranças do crime organizado na região. O secretário não estabeleceu uma meta, nem um prazo.

Derrite rebateu as críticas feitas ao trabalho da Polícia Militar, dizendo que elas são feitas por pessoas que desconhecem o litoral de São Paulo.

“[As críticas] são feitas por pessoas que têm total desconhecimento do que é o trabalho da segurança pública no Brasil e, em especial, aqui em São Paulo. […] Os que criticam usando número absoluto, ‘Ah, a Operação Escudo teve 28 mortos, a Operação Verão fase III teve 32’, é porque nunca foram lá. Se a gente não tomar uma atitude, São Paulo teria cenários muito piores”, disse Derrite.

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