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Presidente da Alesp desenterra polêmica de Zema em encontro do Cosud

Fala do governador Romeu Zema defendendo o Consórcio Sul-Sudeste (Cosud) em agosto foi considerada segregadora por governadores do Nordeste

atualizado

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Marcelo S. Camargo/Governo de SP
Fotografia colorida mostra o deputado estadual André do Prado, de lado, discursando na Sala São Paulo - Metrópoles
1 de 1 Fotografia colorida mostra o deputado estadual André do Prado, de lado, discursando na Sala São Paulo - Metrópoles - Foto: Marcelo S. Camargo/Governo de SP

São Paulo – Presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o deputado estadual André do Prado (PL) afirmou que a defesa do governador mineiro Romeu Zema (Novo) sobre a união do Consórcio Sul-Sudeste (Cosud), considerada segregadora por estados nordestinos, dificultou a adesão formal dos paulistas ao grupo.

“Por algum momento esse projeto tramitou na Assembleia. Eu achei que seria uma votação tranquila diante da importância desse instrumento jurídico para alinhar os estados, mas, infelizmente, isso não aconteceu. Foi um debate intenso diante de uma pronúncia do nosso governador Zema, que foi mal interpretado”, afirmou André do Prado, nesta quinta-feira (19/10), ao discursar na abertura de um encontro do Cosud na capital paulista.

Criado em 2019, o consórcio que reúne os sete estados das regiões Sul e Sudeste do país foi formalizado apenas em 2023. Para a adesão formal, um projeto de lei precisou ser enviado para cada Assembleia Legislativa.

No caso da Alesp, a votação demorou mais de um mês para ocorrer. O governo enfrentou dificuldades para aprovar o projeto por falta de quórum em ao menos três ocasiões. Internamente, deputados disseram que houve constrangimento diante da fala de Zema e parlamentares da oposição tentaram obstruir a votação.

Aprovado em agosto, o projeto do Cosud recebeu 15 votos contra e 53 a favor na Alesp – apenas cinco a mais do que o necessário para a aprovação de um texto na Casa.

Na sua vez de discursar, Zema buscou afastar a ideia de que a proposta do grupo é segregadora.

“O que é preciso ficar claro é que estamos aqui para somar e não para dividir. Esses sete estados têm o maior interesse que esse país avance. E são os estados que mais podem contribuir, tanto pelo que representam de população quanto de produção”, afirmou o governador mineiro.

Cosud: governadores negam fins eleitorais

Durante o evento, os governadores disseram que a formalização do grupo não terá fins políticos e eleitorais, embora a maioria dos chefes do Executivo seja de oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Além de Zema, participaram do evento do Cosud os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) e a vice-governadora de Santa Catarina, Marilisa Boehm (PL).

Apenas os governadores do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) não enviaram representantes para discursar na abertura.

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