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“Eu nunca fui bolsonarista raiz”, diz Tarcísio em entrevista

Governador eleito de São Paulo afirma que seu governo não será ideológico e diz que vai procurar diálogo com os demais Poderes e com Lula

atualizado

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Vinícius Rosa/Divulgação
Tarcísio de Freitas
1 de 1 Tarcísio de Freitas - Foto: Vinícius Rosa/Divulgação

São Paulo – Recém-eleito para governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse, em entrevista à CNN, que vai procurar manter diálogo com adversários do bolsonarismo, e fez avaliação crítica sobre o comportamento do presidente Jair Bolsonaro (PL), seu padrinho político.

Tarcísio mencionou a “necessidade” de o atual mandatário “sair do casulo” e frisou que fez questão de se afastar da ala mais radical de apoiadores de Bolsonaro, que ainda questionam o resultado das eleições. “Eu nunca fui bolsonarista raiz”, afirmou à emissora.

“Comungo das ideias econômicas, principalmente desse governo Bolsonaro. A valorização da livre iniciativa, os estímulos ao empreendedorismo, a busca do capital privado, a visão liberal. Sou cristão, contra aborto, contra liberação de drogas, mas não vou entrar em guerra cultural”, assinalou o governador eleito.

No último sábado (3/12), o Metrópoles mostrou que a primeira leva de secretários nomeados para o futuro governo paulista demonstra um “bolsonarismo light” de Tarcísio. A escolha dos nomes tem tido muito mais influência de Gilberto Kassab (PSD), ex-ministro e futuro secretário de Governo, do que de Bolsonaro.

Relação com STF e oposição

Tarcísio rebateu críticas recebidas de grupos bolsonaristas por ter jantado com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, durante evento com ministros de tribunais superiores na semana passada. Uma fotografia dos dois juntos na mesma mesa circulou por grupos de WhatsApp.

“Tinha um evento em que teve um jantar com ministros do STF, STJ, TSE, TCU. E, na divisão das mesas, me botaram ao lado do ministro Barroso. Queriam que eu me levantasse e saísse? Sou governador eleito de São Paulo”, ponderou.

Na entrevista, Tarcísio disse ainda que manterá diálogo com Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “É fundamental ter uma conversa com o governo federal. Obviamente, quando for chamado, depois da posse, vou lá sem problema nenhum. E quando entender que preciso recorrer a ele, também.”

O futuro governador classificou como “erro” o que chamou de tensionamento ocorrido entre a gestão Bolsonaro e o Judiciário.

“Vou conversar com ministros do STF. Não vou fazer o que erramos no governo federal de tensionar com Poderes. Vamos conversar com ministros do STF. E Barroso é um ministro preparadíssimo, razoável.”

Tarcísio disse ainda ter “muita gratidão” ao presidente e que conversa com ele quando está em Brasília. “Tenho falado muito da necessidade de ele sair do casulo, de se posicionar como liderança de centro direita, de atuar na sucessão da Mesa (da Câmara dos Deputados) e fazer uma oposição responsável e ser voz crítica.”

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