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Policial civil morta por empresário nos Jardins deixa filha de 5 anos

Policial civil Milene Bagalho Estevam tinha 39 anos e deixa uma filha de 5 anos; ela entrou na corporação há 7 anos e trabalhava no Deic

atualizado

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Reprodução/Polícia Civil
Imagem mostra mulher com distintivo e boné - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra mulher com distintivo e boné - Metrópoles - Foto: Reprodução/Polícia Civil

São Paulo — A policial civil Milene Bagalho Estevam, de 39 anos, morta a tiros neste sábado (16/12), em São Paulo, pelo empresário Rogério Saladino, de 56 anos, estava na corporação havia sete anos e deixa uma filha de cinco anos. Ela trabalhava no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, a agente tocou a campainha para coletar imagens de um crime ocorrido no dia anterior na região e foi recebida a tiros pelo empresário. Um colega dela, que também fazia diligências no local, reagiu e matou o empresário e um funcionário da casa.

O crime aconteceu na Rua Guadelupe, nos Jardins, um dos mais bairros mais ricos da capital paulista. Na casa, foram encontradas porções de droga. O empresário tinha passagens por homicídio, lesão corporal e crime ambiental.

O velório da policial civil acontece no início da tarde deste domingo (17/12), na Vila Alpina, na zona leste de São Paulo.

Segundo o delegado Fábio Pinheiro Lopes, diretor do Deic, Milene era uma das melhores policiais da divisão. “No Deic eu tenho 650 policiais, e a Milene era a que mais se destacava. De cada 10 latrocínios que a gente atendia, ela e o parceiro esclareciam 8. É uma perda irreparável”, disse.

Artur Dian, delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, também elogiou a profissional. “Milene era uma policial exemplar, que vinha desenvolvendo investigações complexas, sempre trabalhando com muito afinco”, afirmou.

Dian afirmou que Milene foi baleada com uma pistola calibre 45, a uma distância entre 8 e 10 metros. “Ele abriu a porta da casa dele e já passou a atirar na policial”, afirmou. “Ele simplesmente abriu [o portão], se abrigou e começou a atirar na policial, que estava inclusive falando com o delegado dela [por telefone], reportando a diligência.”

O delegado a quem Dian se refere é Rogério Barbosa, do Deic, superior imediato de Milene e última pessoa a falar com ela. “A Milene e o parceiro formavam uma das principais equipes da delegacia. Ela foi responsável por inúmeras investigações importantes”, disse.

“Era minuciosa no trabalho, perfeccionista, fazia investigações brilhantes, era dedicada…”, afirmou. O delegado disse que a policial perdeu a vida de maneira trágica, “por causa de um louco”. “É inacreditável.”

O delegado falou com os pais da policial e disse que eles estão “transtornados”.  Ao lembrar que Milene deixa uma filha de 5 anos, Barbosa disse que “não dá nem para imaginar” a dor da família.

Nas redes sociais, a morte da policial civil foi lamentada. “Inacreditável, jamais iremos pensar que em um bairro nobre, em uma simples diligência para coletar imagens de monitoramento, o próprio morador irá atirar na polícia, lamentável. Deus conforte o coração de todos”, disse uma das pessoas.

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