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Sem vice, com eleições: ninguém quer cadeira de Nunes durante viagem

Viagem de Ricardo Nunes ao Vaticano faz vereadores fugirem de SP para não ter que assumir a Prefeitura e ficarem impedidos de se candidatar

atualizado

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Leon Rodrigues/SECOM
Imagem colorida mostra Ricardo Nunes, homem branco, de cabelo e barba pretos, falando ao microfone - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Ricardo Nunes, homem branco, de cabelo e barba pretos, falando ao microfone - Metrópoles - Foto: Leon Rodrigues/SECOM

São Paulo – Uma viagem internacional de Ricardo Nunes (MDB) a menos de seis meses das eleições municipais em outubro deve provocar uma debandada de vereadores da capital paulista e traz uma grande interrogação sobre quem assumirá o posto de prefeito da maior cidade do país temporariamente.

Nunes recebeu um convite do papa Francisco para ir ao Vaticano para participar, com diversas outras lideranças mundiais, de uma semana de eventos ligados à preservação ambiental. Ele ficará fora de São Paulo entre os dias 13 e 18 de maio.

Como a cidade de São Paulo não tem vice-prefeito — o cargo era de Nunes, que assumiu a Prefeitura após a morte de Bruno Covas, em 2021 —, a lei estabelece que quem assume a cadeira é o presidente da Câmara Municipal, posto ocupado pelo vereador Milton Leite (União).

Mas Leite já declarou que pretende disputar a vaga de vice na chapa de Nunes nas próximas eleições — ele pode, ainda, tentar uma nova reeleição à Câmara, embora negue esse plano. Desse modo, não poderá assumir a Prefeitura.

Isso porque o entendimento entre os vereadores, baseados em uma resolução de 1996 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é que eles estão impedidos de ocupar cargos no Executivo faltando ao menos seis meses para o pleito. Também não poderiam disputar cargo de vice caso tenham sido prefeito no mesmo período.

Além de Leite, o primeiro vice-presidente da Câmara, João Jorge (MDB), o terceiro na atual linha sucessória, deve tentar a reeleição para vereador e, por isso, também não poderia assumir a Prefeitura durante os seis dias de ausência de Nunes do país.

A linha sucessória levaria o cargo então ao segundo vice-presidente da Câmara, Atílio Francisco (Republicanos), bispo licenciado da Igreja Universal.

Entre os vereadores, circula informação de que Atílio não deve tentar novo mandato nesta eleição. O gabinete dele, contudo, não confirma. Seria a primeira vez que São Paulo teria um líder evangélico como prefeito, mesmo que temporariamente.

Nesse cenário, durante uma semana, a Câmara Municipal seria, então, comandada pelo vereador Alessandro Guedes (PT). A esquerda não comanda a Casa desde o fim de 2016, quando então prefeito Fernando Haddad perdeu a eleição para João Doria.

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