MP é acionado para investigar contratação de app da Prefeitura

Vereador do PSol acionou o Ministério Público para investigar consórcio contratado pela Prefeitura de SP para operar app de transporte

atualizado 17/03/2023 16:28

Imagem colorida da tele de um celular com o MobizapSP Divulgação

São Paulo – O Ministério Público de São Paulo (MPSP) foi acionado nesta sexta-feira (17/3) para investigar o Consórcio 3C, que foi contratado pela Prefeitura da capital paulista para desenvolver o app de transporte de passageiros MobizapSP.

O pedido de investigação foi feito pelo vereador Toninho Vespoli (PSol). O MPSP afirmou ao Metrópoles que a representação está sendo analisada pela Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social.

Único concorrente da licitação municipal, o Consórcio 3C é composto pela CLD Construtora, CSX Inovação e a Consilux. O grupo de empresas receberá 10,95% do valor das viagens feitas pelo MobizapSP.

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Em 2019, a Justiça da Venezuela investigou denúncias de que Consilux teria desviado recursos da construção de moradias populares. O dono da empresa, Aldo Vendramin, foi preso provisoriamente na Itália e admitiu ter pago propina para o ex-ministro José Dirceu (PT) ajudar a estreitar o relacção com o governo venezuelano.

A Consilux também integrou o consórcio LCL, que fechou quatro contratos sem licitação, entre 2020 e 2021, com a Prefeitura de São Paulo.

Outra empresa do consórcio, a CLD Construtora já foi acusada de lavagem de dinheiro, pagamento de propina e desvio de verbas públicas em São Paulo, Minas Gerais e Amazonas. A empresa foi absolvida em São Paulo da acusação de lavagem de dinheiro.

O vereador Toninho Vespoli afirma que “espera que o MP investigue a fundo essas relações, um tanto quanto estranhas, na contratação dessa empresa para esse app de transporte”.

A Prefeitura de São Paulo, por meio de nota da Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT), e o Consórcio 3C informaram ao Metrópoles que se manifestarão após ter acesso à representação protocolada no MPSP.

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