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Motorista de Mercedes suspeito de fazer racha é indiciado por 3 crimes

Carlos André Pedroni foi indiciado por lesão corporal gravíssima, fuga de local de acidente e omissão de socorro por acidente com Mercedes

atualizado

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Reprodução/Polícia Civil
Homem branco sem barba e cabelo curto usando camiseta preta com os dizeres "bikini kill" - Metrópoles
1 de 1 Homem branco sem barba e cabelo curto usando camiseta preta com os dizeres "bikini kill" - Metrópoles - Foto: Reprodução/Polícia Civil

São Paulo — O motorista de um Mercedes-Benz, que atropelou um motociclista e fez a garupa dele perder uma perna, na última segunda-feira (20/5), foi indiciado por lesão corporal gravíssima, fuga de local de acidente e omissão de socorro, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Carlos André Pedroni de Oliveira Pinto compareceu nessa quarta-feira (22/5) ao 2°DP de Barueri, região metropolitana de São Paulo.

Depois de prestar depoimento, Carlos fez um pronunciamento a jornalistas. Ele disse que não estava embriagado e ainda afirmou que, “surpreendentemente”, não viu as vítimas no momento do que chamou de acidente: “Não foi um racha”.

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Antes de ser questionado sobre não ter prestado socorro no local, Carlos disse que chegou a parar sua Mercedes-Benz para ver o que tinha acontecido, mas que por conta de um “sequestro sofrido recentemente” teve receio de continuar no local e fugiu.

O motorista do carro de luxo disse, ao final do pronunciamento, que o foco agora é localizar e dar apoio às vítimas e que tenta digerir o que aconteceu.

Em nota à imprensa, a defesa dele disse que “Carlos se dirigiu até sua residência e, na manhã seguinte, ao tomar conhecimento das notícias sobre o acidente, imediatamente se colocou à disposição das autoridades policiais e prestou todos os esclarecimentos necessários”, diz a nota.

De acordo com a pasta, ele apresentou documentação de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC), mas as armas encontradas em seu endereço foram apreendidas para comprovação da regularidade dos registros.

“Covardia”

“Uma cena de filme de terror, um pesadelo. Aquela perna arrancada, parecida com a de um boneco”, definiu o funcionário público Arlison Correia, de 32 anos, que faz bicos como mototaxista. A passageira que ele levava na garupa, a massoterapeuta Maria Graciete Alves Araújo, de 36 anos, teve a perna esquerda arrancada, da coxa para baixo, por causa da violenta batida provocada pelo Mercedes-Benz dirigido por Carlos André Pedroni de Oliveira Pinto.

O condutor da moto conversou com o Metrópoles na manhã desta quinta-feira (23/5), um dia após ter alta hospitalar.

Arlison lembra que foi buscar a massoterapeuta em frente a um prédio comercial. Ela pretendia voltar para casa, no bairro Engenho Novo, em Barueri. Depois disso, o funcionário público também pretendia voltar para casa, em Santana de Parnaíba.

Minutos após começarem a trafegar pela Alameda Rio Negro, Arlison afirmou ter sentido uma pancada “do nada”, na traseira de sua moto.

“Fui projetado no ar. A lembrança é como se fosse em câmera lenta, machuquei os dois calcanhares, os dois cotovelos e a cabeça. Minha moto foi parar a uns 50 metros de mim. Quando olhei para o lado, vi a Maria, sem a perna. Isso não sai da minha cabeça”.

Ele e a massoterapeuta foram encaminhados para o Hospital Geral de Barueri. Ela segue internada, sem risco de morrer.

Atropelamento

Testemunhas disseram à polícia que dois carros de luxo disputavam um “racha” quando um deles atropelou a moto. Ainda consciente, Arlison afirmou aos guardas civis que atenderam a ocorrência que se lembra apenas de ter “sentido uma forte batida”.

O dentista Roberto Viotto dirigia um dos carros Mercedes-Benz envolvidos no suposto racha. Ao Metrópoles, ele negou que estivesse apostando corrida com outro automóvel de luxo. Ele é conhecido como “dentista dos famosos” por realizar procedimentos estéticos odontológicos em figuras conhecidas da política, dos esportes, da música e em influenciadores digitais.

Segundo a Prefeitura de Barueri, a velocidade máxima permitida na Alameda Rio Negro é de 40 km/h. Sobre o serviço de mototáxi, a prefeitura esclareceu que não há uma regulamentação específica para o transporte por aplicativo em Barueri.

Carro abandonado

O carro de Carlos André, que estava acompanhado da companheira, foi abandonado no estacionamento de uma igreja. O responsável pelo local afirmou à polícia que a mulher atendia pelo nome de “Juliana”. O veículo foi apreendido pela Guarda Civil de Barueri.

O caso foi registrado pela Polícia Civil como disputa de racha, lesão corporal, omissão de socorro e fuga. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que foi solicitada perícia para o local do acidente.

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