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Marta faz mistério sobre vice de Boulos, anima PT e preocupa Nunes

Ex-prefeita de SP, Marta mantém silêncio sobre convite para integrar chapa de Guilherme Boulos e causa apreensão na equipe de Ricardo Nunes

atualizado

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Governo do Estado de São Paulo/Câmara dos Deputados
Imagem colorida traz montagem com close nos rostos de Ricardo Nunes, Marta Suplicy e Guilherme Boulos - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida traz montagem com close nos rostos de Ricardo Nunes, Marta Suplicy e Guilherme Boulos - Metrópoles - Foto: Governo do Estado de São Paulo/Câmara dos Deputados

São Paulo – O silêncio de mais de uma semana de Marta Suplicy sobre a sondagem para retornar ao PT e disputar a eleição municipal do ano que vem como vice de Guilherme Boulos (PSol) animou petistas e provocou apreensão no entorno do prefeito da capital e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB), de quem a ex-prefeita é secretária de Relações Internacionais.

Marta confirmou ao gabinete de Nunes que se encontrará com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste fim de semana, segundo aliados do prefeito, quando deve receber um convite formal. Ambos, porém,  já conversaram por telefone na semana passada. A intenção do PT em convidar Marta para ser vice de Boulos foi antecipada pelo Metrópoles no último dia 7/12.

A confirmação foi um balde de água fria no entorno do prefeito, que esperava da atual secretária de Relações Internacionais uma negativa enfática à proposta, como ela fez quando seu nome foi sugerido por Valdemar Costa Neto, presidente do PL, para ser vice de Nunes pelo partido de Jair Bolsonaro.

O mistério mantido por Marta fez aliados do prefeito já pensarem qual discurso adotar caso ela aceite a proposta, o que incluir lembrar de declarações dela tanto com elogios a Nunes quanto com críticas a Boulos.

Nunes considera, até aqui, Marta como uma de suas conselheiras. Ela faz parte do conselho político do prefeito e conta com uma equipe de cerca de 60 pessoas em sua secretaria, turbinada pelo prefeito como forma de deferência.

Nesaa sexta-feira (15/12), quando foi questionado sobre a possibilidade de saída da sua secretária para compor a chapa de seu principal adversário, Nunes disse que “Marta jamais faria isso”.

Porém, auxiliares próximos a Nunes acreditam que ela poderia considerar o retorno ao PT um desfecho mais adequado para sua biografia, após uma saída conturbada do partido em 2015, que incluiu uma declaração de que não poderia “conviver” com os escândalos de corrupção da sigla, durante a Operação Lava Jato.

Retorno de Marta ao PT

Interlocutores da ex-prefeita, contudo, dizem que ela ainda não tomou decisão sobre o assunto. Petistas já contam como vitória o fato de ela apenas considerar a proposta, já confirmada por ela, sem deixar a Prefeitura. Eles entendem que o gesto enfraquece Nunes publicamente.

Segundo integrantes do PT paulistano, foi Boulos quem sugeriu o nome de Marta a Lula, após ficar claro para o deputado do PSol que sua primeira opção como vice para a corrida à Prefeitura da capital em 2024, a ex-primeira-dama Ana Estela Haddad, não tinha interesse pelas urnas.

O nome de Marta foi bem recebido por petistas que defendiam uma candidatura própria do PT na eleição para prefeito no lugar do apoio a Boulos, como a família Tatto, que tem grande influência política na zona sul da cidade.

Embora os membros do clã já estivessem participado de ato da pré-campanha de Boulos, a pedido de Lula, Marta é querida por essa ala do PT e considerada uma peça importante para pacificar a sigla e garantir o engajamento integral dos petistas na candidatura do deputado do PSol.

As primeiras sondagens, segundo pessoas próximas a Marta, ocorreram há algumas semanas, mas se intensificaram em dezembro, depois que Lula disse a pessoas próximas que procuraria a ex-prefeita para tentar convencê-la ao voltar ao partido pelo qual ela foi filiada por 33 anos.

Petistas argumentam ainda que mesmo aqueles que tiveram alguma indisposição com a ex-prefeita no passado, sobretudo quando ela deixou o PT há oito anos, também estariam abertos a recebê-la de volta pelo projeto para retomar o comando da maior cidade do país, o que é considerado estratégico para a disputa presidencial em 2026.

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