metropoles.com

Justiça nega pedido do MPSP e decide manter Nardoni fora da cadeia

Condenados pela morte de Isabella, Alexandre Nardoni saiu da cadeia no início do mês e nega ter cometido o assassinato até hoje

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução
foto colorida de Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos de prisão por matar a filha - Metrópoles
1 de 1 foto colorida de Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos de prisão por matar a filha - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo – A Justiça paulista rejeitou nesta sexta-feira (24/5) recurso do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e decidiu manter Alexandre Nardoni fora da cadeia.

Condenado a 30 anos, 2 meses e 20 dias de prisão pelo assassinato da filha Isabella, de apenas 5 anos, Nardoni foi beneficiado pela progressão para o regime aberto neste mês. Ele estava preso desde 2008 e deixou Tremembé, no interior paulista, no dia 6 de maio.

A promotoria, no entanto, decidiu recorrer da decisão e pediu para que o assassino da própria filha voltasse para atrás das grades.

Liminarmente, o efeito suspensivo já havia sido negado, em decisão monocrática, pelo desembargador Luis Soares de Mello, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), no dia 8 de maio.

“Segundo consta dos autos, mostrou o interessado que preencheu o requisito objetivo para a progressão, cumprindo a fração de pena legalmente exigida”, escreveu o magistrado, na ocasião. “Ademais, demonstram os autos ostentar bom comportamento carcerário e, submetido a exame criminológico, obteve parecer favorável à sua pretensão.”

0

Fora da cadeia

Já nesta sexta-feira (24/5), a juíza Gabriela Marques da Silva Berto, da 4ª Vara das Execuções Criminais do Foro Central da Barra Funda, também decidiu em favor de Nardoni. “Mantenho a decisão agravada pelos seus próprios fundamentos jurídicos”, registrou.

Na ação, os advogados de defesa alegaram que os requisitos legais para progressão de regime já haviam sido cumpridos e que o MPSP “insistiu nos mesmos repetidos argumentos” de que Nardoni foi “condenado por crime grave, que possui longa pena a cumprir e que possui caráter e personalidade desvirtuados”.

“Após uma década preso, tendo comportamento absolutamente irrepreensível e fazendo jus aos requisitos objetivos e subjetivos Alexandre requereu sua progressão ao regime aberto, não antes de efetuar o exame criminológico requerido pelo Ministério Público e que lhe foi favorável”, registraram na petição.

“Agora, após exame concluído e favorável, vem novamente o promotor buscar a negativa da progressão, não porque o condenado não a mereça, mas única e exclusivamente em razão da publicidade que o caso traz.”

“Uma parte de mim morreu”

Ao ser submetido a novo exame criminológico, Nardoni voltou a negar ter matado a filha e disse que “buscará o esclarecimento dos fatos enquanto houver vida”.

“Não consegue entender os porquês da tragédia que assolou sua família (…). Com a morte dela, [Nardoni afirma que] parte de si morreu junto e que nunca mais se sentirá completo”, registra o documento. “Seus sentimentos são de dor pela perda da filha.”

Fora da cadeia, Nardoni voltou a trabalhar na empresa do pai e tem levado uma vida discreta. Já Anna Carolina Jatobá, que era madrasta da criança e pegou 26 anos de condenação, também cumpre pena fora da cadeia. O casal permanece junto.

Nesta semana, o Metrópoles revelou, ainda, que o casal já prepara ação para tentar anular a sentença pelo assassinato da criança.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?