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Influencer Victor Bonato, acusado de estuprar fiéis, é solto em SP

Justiça rejeitou pedido para converter prisão temporária em preventiva; influencer evangélico Victor Bonato comemorou decisão nas redes

atualizado

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Foto colorida do influencer evangélico Victor Bonato - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do influencer evangélico Victor Bonato - Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

São Paulo – O influenciador evangélico Victor de Paula Gonçalves, conhecido como Victor Bonato, deixou a prisão nessa quinta-feira (16/11) após quase 60 dias. Fundador de um movimento religioso voltado para jovens de Alphaville, bairro nobre de Barueri, ele é acusado de estupro por três fiéis.

No processo, que corre em segredo de Justiça, a 2ª Vara Criminal de Barueri rejeitou um pedido do Ministério Público de São Paulo para converter a prisão temporária de Bonato em preventiva.

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Segundo publicação feita pelo influenciador em uma rede social, o magistrado Fabio Calheiros entendeu que alguns pontos da investigação deveriam ter sido apurados com mais detalhes para que fosse aberto um processo criminal contra o acusado.

“É evidente que a declaração de uma reforça a outra, mas há detalhes na declaração de uma que não se harmoniza com a declaração da outra. Há também detalhes da declaração delas que não se mostram consistentes para sustentar um processo judicial”, afirmou o magistrado na decisão.

O juiz proibiu o influenciador de se aproximar a uma distância de menos de 200 metros das três mulheres e de manter contato com elas ou familiares.

Em seu perfil no Instagram, Bonato publicou uma foto em frente à Cadeia Pública de Carapicuíba, onde estava preso e escreveu: “A Justiça foi feita”.

O Metrópoles procurou a defesa de Victor Bonato para comentar a decisão e aguarda retorno.

Acusações

As vítimas, com idades entre 19 e 24 anos, foram à Delegacia da Mulher de Barueri, em setembro, para denunciar que Victor Bonato usava sua “influência religiosa” para manipulá-las e obrigá-las a ter relações sexuais com ele. A polícia e o Ministério Público de São Paulo (MPSP) apontaram risco de fuga do influencer, e a Justiça decretou a prisão de Bonato em 20 de setembro.

Segundo o inquérito policial, obtido pelo Metrópoles, os crimes teriam ocorrido entre janeiro e setembro deste ano, em diferentes lugares, como a casa de Bonato, em Alphaville. Um dia antes do registro feito pelas mulheres na delegacia, o influencer postou um comunicado no Instagram, plataforma na qual ele tem 146 mil seguidores, dizendo que precisava se “arrepender profundamente” e que faria um “detox de redes sociais”.

No dia seguinte ao boletim de ocorrência feito pelas vítimas, e véspera de sua prisão, Bonato voltou às redes sociais para dizer que estava se “retirando da liderança” do Galpão e “tirando um tempo para me curar no Senhor”.

Na mesma data, o Galpão publicou uma nota afirmando que o influencer não fazia mais parte do movimento religioso, sem mencionar especificamente as acusações de estupro feitas pelas seguidoras.

“Alguns acontecimentos ferem diretamente o que o Galpão acredita e segue, fere a palavra e está em desacordo com o que Jesus nos ensina. Por esse motivo, ele foi afastado do Galpão.”

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