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Ação da PM pode ter deixado 10 mortos após assassinato de agente da Rota em SP, diz ouvidor

Ouvidor recebeu denúncias de violações de direitos humanos por parte da PM no Guarujá, onde soldado da Rota foi assassinado na quinta-feira

atualizado

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Imagem colorida mostra homem de blusa cinza observando viatura da Rota ao fundo estacionada em um corredor de hospital - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra homem de blusa cinza observando viatura da Rota ao fundo estacionada em um corredor de hospital - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo — A Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo realizou neste domingo (30/7) uma reunião de emergência após receber uma série de denúncias sobre violações dos direitos humanos durante a operação policial no Guarujá, onde um soldado das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) foi morto na última quinta-feira (27).

Além do próprio ouvidor Claudio Aparecido da Silva, participaram da reunião, que começou por volta das 16h e terminou no início desta noite, representantes da entidades relacionadas aos direitos humanos. Está sendo avaliada a possibilidade de uma visita ao Guarujá nesta terça (1º/8) ou quarta (2/8).

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Entre sexta e domingo, foram ao menos três mortes decorrentes de intervenção policial na cidade do litoral paulista, segundo a Secretaria da Segurança Pública. Para o ouvidor, entretanto, o número de mortos já passaria de 10, podendo chegar a 12, segundo mensagens e relatos em redes sociais. Até a noite deste domingo, não havia a confirmação por parte das autoridades de segurança.

Segundo Silva, está sendo coletada uma série de relatos de violência e arbitrariedades cometidas por policiais militares desde a morte do soldado Patrick Bastos Reis.

“Um dos mortos em suposto confronto seria um rapaz esquizofrênico, com adoecimento mental”, diz o ouvidor. Em outro caso relatado por uma advogada, por telefone, uma senhora teve a casa invadida por policiais, que entraram mascarados, sem mandado ou qualquer identificação.

Em redes sociais, a Ouvidoria tem recolhido diversas manifestações de pessoas que vivem em comunidades que são alvo da ação policial. As mensagens citam, por exemplo, determinado número de moradores que deveriam morrer em cada bairro. Outras falam que qualquer um que tiver tatuagens ou antecedentes criminais seria alvo dos policiais.

Há ainda mensagens apontando que um dos mortos supostamente em confronto com os PMs teria marcas de cigarro pelo corpo.

“A Ouvidoria tomou conhecimento de denúncias, já instaurou procedimento, acionou instituições do estado e da sociedade civil. Estamos refletindo juntos sobre quais os caminhos para a gente cessar eventuais violações que estejam ocorrendo”, afirmou o ouvidor.

Para Silva, é necessário investigar caso a caso. “A gente está sistematizando todas as informações para levar esse relatório à Secretaria da Segurança Pública“, disse.

O ouvidor também disse que será solicitado aos órgãos de controle as devidas providências se, de fato, ocorreram ilegalidades nas ações dos policiais.

Procurada, a SSP afirmou que, até o momento, não foram constatados abusos por parte da polícia, que segue, na Operação Escudo, os mesmos protocolos de ação preconizados pela corporação.
“As denúncias de abuso serão devidamente investigadas pela corporação. Vale ressaltar, também, que desde sexta-feira, mais de 10 pessoas foram presas em flagrante tráfico de drogas e dezenas de quilos de entorpecentes foram apreendidos.

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