Grupo protesta em aeroporto onde cão Joca foi enviado em voo errado
Tutores e ONGs levaram cães para protesto por morte de Joca nos aeroportos de Guarulhos e Congonhas, na manhã deste domingo (28/4)
atualizado
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São Paulo — Tutores de cachorros e ONGs de defesa dos animais realizaram, na manhã deste domingo (28/4), dois protestos simultâneos em aeroportos de São Paulo pela morte do golden retriever Joca, que foi enviado em um voo errado da companhia aérea Gol, na última segunda-feira (22/4).
Os protestos aconteceram no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos — onde o cão foi embarcado e voltou já sem vida — e no Aeroporto de Congonhas, na capital paulista. Tutores e seus cães, em sua maioria da mesma raça de Joca, se reuniram nos terminais de embarques.
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Protesto por morte do cão Joca, no Aeroporto de Guarulhos Reprodução/TV Globo
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Protesto por morte do cão Joca, no Aeroporto de Guarulhos Reprodução
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Protesto por morte do cão Joca, no Aeroporto de Guarulhos Reprodução/TV Globo
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Protesto por morte do cão Joca, no Aeroporto de Congonhas Reprodução/TV Globo
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Protesto por morte do cão Joca, no Aeroporto de Congonhas Reprodução/TV Globo
Faixas e camisetas usadas pelos manifestantes exibem frases como “Justiça por Joca” e “Não somos bagagem, somos o amor de alguém”. Eles protestam contra a falta de segurança nos voos brasileiros para o transporte de animais.
Outros atos semelhantes aconteceram no Aeroporto Internacional de Brasília e no Aeroporto de Florianópolis. Nas redes sociais, grupos organizaram protestos em outros estados também.
Morte de cachorro
O cachorro, que tinha 5 anos, deveria ter saído do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, com destino ao Aeroporto Municipal de Sinop, em Mato Grosso, no voo 1480. A companhia aérea, no entanto, embarcou Joca em um voo diferente, para Fortaleza, na capital cearense. O tutor dele, João Fantazzini, só soube do erro ao chegar a Mato Grosso.
Os dois se mudariam para Sorriso, no Mato Grosso. Cão e tutor embarcaram para chegar no mesmo horário em Sinop, mas quando João desembarcou e foi procurar o cachorro, a companhia perguntou se ele queria voltar para São Paulo para buscar Joca, que estava em outro estado devido a uma falha.
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João Fantazzini e Joca, que morreu em voo da Gol Reprodução/Redes Sociais
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Golden retriever Joca morreu em voo da Gol Reprodução/Redes Sociais
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Golden retriever Joca morreu em voo da Gol Reprodução/Redes Sociais
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Golden Retriever tinha 5 anos Reprodução/Redes Sociais
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João Fantazzini e Joca Reprodução/Redes Sociais
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O tutor postava fotos com Joca nas redes sociais Reprodução/Redes Sociais
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Tutor aguardava Joca no MS Reprodução/Redes Sociais
A companhia ofereceu voos de ida e volta de Mato Grosso a São Paulo gratuitos, além de hospedagem. Ao chegar na capital paulista, um funcionário da Gol recebeu João dentro do avião e ofereceu comida. Então, ele ficou esperando até o pouso do voo em que o cachorro estava, e o recebeu sem vida, dentro da caixa de transporte (vídeo abaixo).
Em nota ao Metrópoles, a Gol afirmou que foi surpreendida pela morte do cachorro quando o avião pousou com o animal em Guarulhos.
A companhia anunciou a suspensão do transporte aéreo de animais no porão dos aviões da empresa a partir da última quarta-feira (24). De acordo com o comunicado, os clientes seguem podendo transportar seus pets pequenos na cabine do avião.
No período, os clientes que já contrataram o serviço de transporte pelo porão pela GOLLOG Animais podem pedir a restituição do valor total ou postergar a viagem.
Ministério e Anac investigam morte
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Silva (Republicanos), declarou que a pasta vai investigar, em conjunto com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a morte do golden retriever Joca.
“A gente está integrado com a Anac e criou um grupo de trabalho interno para averiguar e checar junto às companhias aéreas para que o quanto antes isso [a morte do cão Joca] seja esclarecido à sociedade brasileira”, disse Costa Silva.
A Delegacia do Meio Ambiente de Guarulhos — cidade onde o cachorro foi embarcado, no Aeroporto Internacional de São Paulo — instaurou inquérito policial para investigar a morte, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP).
