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Greve em SP: passageiros enfrentam filas e lotação nos ônibus

Paralisação parcial do Metrô e CPTM atrapalhou rotina de paulistanos na manhã desta terça-feira; veja quais linhas estão operando

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Jéssica Bernardo/Metrópoles
foto colorida de ponto de ônibus lotado no entorno da estação Jabaquara em dia de greve em SP - Metrópoles
1 de 1 foto colorida de ponto de ônibus lotado no entorno da estação Jabaquara em dia de greve em SP - Metrópoles - Foto: Jéssica Bernardo/Metrópoles

São Paulo — A greve de funcionários do Metrô na manhã desta terça-feira (28/11) afeta quem precisa sair da zona sul da capital paulista com direção ao centro e à zona norte da cidade.

Em frente à estação Jabaquara, da linha 1 – Azul do Metrô, que está funcionando de forma parcial desde o início da manhã, dezenas de pessoas que não conseguiram embarcar no transporte sob trilhos esperavam por ônibus na Avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira.

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Assim como na paralisação do dia 3 de outubro, funcionários da SPTrans ajudavam os passageiros, fornecendo informações sobre os trajetos das linhas e guiando os motoristas de ônibus na parada.

A técnica de enfermagem Eleni Barreto tentava chegar ao Hospital Vila Penteado, na Freguesia do Ó, zona norte de São Paulo. Ela diz que na última greve conseguiu dispensa do trabalho porque tinha horas extras acumuladas, mas dessa vez precisará trabalhar normalmente.

“Eles falaram que vão descontar. Quem não tem banco de horas vai descontar e a gente tá sendo obrigado a ir”, diz ela. Moradora de Diadema, na Grande São Paulo, Eleni costuma pegar a linha 1- Azul para sair da zona sul.

“Tá muito cheio”

Assim como ela, José Gil também mora em Diadema e utiliza o metrô para chegar ao trabalho na região da Avenida Paulista, no centro da cidade. Ele tentou se planejar para não ser prejudicado pela greve, mas os esforços foram em vão.

“Eu cheguei aqui mais cedo, mas já estou atrasado”, afirma José. Sem o Metrô, ele conta que o trajeto alternativo para o trabalho inclui dois ônibus. Os veículos que passavam ao lado do Terminal Jabaquara, no entanto, estavam todos lotados. “Já passou ônibus, mas eu não consegui entrar. Tá muito cheio”, diz ele.

O eletricista José Vieira Batista desistiu de chegar ao trabalho ao encontrar as portas da estação fechadas. “Eu estou indo pra casa”, disse ele, que afirma que não sabia da greve.

“Se você pegar Uber dá uns R$ 60, R$ 70 daqui para lá. Aí daqui a dois, três meses eles [a empresa] reembolsam. É difícil, né?”

Esforço em vão

Sabendo da greve, Clênia Ferreira, de 30 anos, acordou 2h30 nesta terça-feira para tentar chegar ao trabalho no horário. Ela mora em Francisco Morato e levou 2h30 para chegar à Barra Funda de ônibus. Segundo Clênia, o trajeto demoraria cerca de 40 minutos de trem.

“Tentei negociar para pessoas que moram mais próximo virem no meu lugar, mas, pelo cargo de responsabilidade, disseram que era necessario vir”, disse ela.

A mulher conta que, ao chegar à Barra Funda, percebeu que poderia ter ido de trem, já que as linhas da CPTM, que tinham previsão de paralisação, funcionaram parcialmente.

Em Itaquera, na zona leste, os pontos de ônibus também ficaram lotados (veja abaixo). Ismael Rosa da Silva, de 55 anos, contou ao Metrópoles que saiu de casa, em Guaianases, seis horas antes de entrar no serviço de auxiliar de limpeza, na Vila Alpina.

“[A greve] está atrapalhando para ir e para voltar”, afirmou. Por conta da paralisação, ele decidiu se adiantar e sair bem mais cedo.

O estoquista Denilson Oliveira, de 51 anos, também utiliza os ônibus para chegar no Pari, centro da cidade. Ele reclamou da lotação dos veículos. “Está crítica a situação”, afirmou.

Bruna Lopes Rodrigues, de 30 anos, foi até o ponto na Radial Leste para pegar o ônibus fretado da empresa em que trabalha como expert de atendimento. Segundo ela, assim como na greve anterior, a empresa montou um plano de contingência e disponibilizou um ônibus para os funcionários.

Normalmente, Bruna usa o trem da linha 11-Coral para ir até a estação da Luz, e depois embarca em outro trem sentido Lapa, onde a empresa está localizada.

Os ônibus mais lotados na Radial Leste eram aqueles em direção ao Parque Dom Pedro II. O Metrópoles flagrou veículos com muita aglomeração de pessoas em que as portas traseiras foram liberadas para alguns passageiros.

Situação da greve

Mesmo com decisão judicial que garantia efetivo mínimo de metroviários e ferroviários durante a greve convocada por essas categorias, a terça-feira (28/11) amanheceu com pelo menos uma linha do Metrô e uma da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) totalmente fechadas em São Paulo.

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Desde o início da manhã, três linhas do Metrô e duas da CPTM operam parcialmente. Duas linhas de trens operam totalmente, mas com intervalos maiores.

Veja a situação neste momento:

Metrô
• Linha 1- Azul: funcionando de Tiradentes até Ana Rosa
• Linha 2- Verde: Ipiranga até Clínicas
• Linha 3-Vermelha: Bresser até Santa Cecília
• Linha 15- Prata: fechada

CPTM
• Linha 7- Rubi: funcionando de Luz a Caieiras com intervalo de 8 minutos
• Linha 10- Turquesa: fechada
• Linha 11-Coral: Luz até Guaianases com intervalo de 6 minutos
• Linha 12- Safira: funcionamento integral com intervalo de 8 minutos
• Linha 13- Jade: funcionamento integral com intervalo de 30 minutos

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