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Febre maculosa: mulher que foi a show de Seu Jorge é novo caso confirmado

Governo de São Paulo confirmou diagnóstico de febre maculosa em mulher de 38 anos que esteve na Fazenda Santa Margarida, em Campinas

atualizado

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Eduardo Lopes/Arquivo PMC
Placa sobre febre maculosa
1 de 1 Placa sobre febre maculosa - Foto: Eduardo Lopes/Arquivo PMC

São Paulo – O Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria Estadual da Saúde confirmou nesta sexta-feira (16/6) mais um caso de febre maculosa em São Paulo, desta vez de uma mulher que esteve no show de Seu Jorge, em 3 de junho, em Campinas.

A mulher, de 38 anos, é moradora da cidade e esteve no evento realizado na Fazenda Santa Margarida, o local apontado como o foco do surto de febre maculosa na região. Esse é o primeiro caso confirmado no show de Seu Jorge.

Quatro pessoas que estiveram em outro evento realizado no local, a Feijoada do Rosa, em 27 de maio, tiveram morte confirmada por causa da doença.

Segundo a Prefeitura de Campinas, a paciente que teve o diagnóstico confirmado apresentou início de sintomas no dia 10 e foi internada em 13 de junho. Ela continua hospitalizada, segundo o governo de São Paulo.

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Casos

Pelo menos 21 casos suspeitos de febre maculosa estão em investigação, na tarde desta sexta-feira (16/6), nas cidades de Jundiaí, Itupeva, Santa Isabel e Americana. Desses, cinco são de pessoas que estiveram em evento na Fazenda Santa Margarida

Mais cedo, houve a confirmação da morte de outra mulher, de 58 anos, moradora de Americana, por febre maculosa. O caso aconteceu em 8 de junho e não tem relação com o surto de Campinas.

Com isso, São Paulo chegou a 19 casos confirmados de febre maculosa em 2023, com nove mortes. A doença ainda não está no seu período de maior incidência, de agosto a novembro, e as estatísticas são puxadas por Campinas.

Em 2022, foram registrados 63 casos, com 44 óbitos confirmados. Já em 2021, foram 87 casos e 48 óbitos.

Febre maculosa

A febre maculosa é uma doença infecciosa, causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, que é transmitida por algumas espécies de carrapatos. A infecção apresenta alta taxa de letalidade, mas tem cura. O tratamento deve ser iniciado precocemente com antibióticos específicos.

Sintomas

  • Dor de cabeça intensa;
  • Náuseas e vômitos;
  • Diarreia e dor abdominal;
  • Dor muscular constante;
  • Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés;
  • Gangrena nos dedos e orelhas;
  • Paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando parada respiratória.
  • Na evolução da doença, também é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.

Como é a transmissão?

A transmissão da doença ocorre em ambientes silvestres, nos quais exista o carrapato Amblyomma cajennense, popularmente conhecido como carrapato-estrela. Para que ocorra a transmissão, é necessário que o carrapato fique fixado na pele por um período de cerca de 4 horas.

Como se proteger

Ao realizar trilhas e atividades de lazer ao ar livre, algumas precauções devem ser tomadas para evitar a febre maculosa:

  • Evitar caminhar, sentar e deitar em gramados e em áreas de conhecida infestação de carrapatos;
  • Em áreas silvestres, realizar vistorias no corpo em busca de carrapatos em intervalos de três horas para diminuir o risco de contrair a
    doença;
  • Se forem verificados carrapatos no corpo, não esmagar o carrapato com as unhas, pois ele pode liberar as bactérias e infectar partes do corpo com lesões;
  • Se encontrar o parasita, ele deve ser retirado de leve com torções e com auxílio de pinça, evitando contato com as unhas. Quanto mais rápido forem retirados, menor a chance de infecção;
  • Utilizar barreiras físicas, como calças compridas, com a parte inferior por dentro das botas ou meias grossas; utilização de roupas claras para facilitar a visualização e retirada dos carrapatos.

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