“Dei boa noite, ele me deu tiro”, diz mulher baleada por PM no olho
Daiane Cristina teve alta nesta quinta e diz não acreditar que disparo do PM tenha sido acidental; mulher perdeu visão em olho atingido
atualizado
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São Paulo – A mulher atingida no olho por disparo feito por um policial militar na noite do último dia 6 em Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo, teve alta hospitalar nesta quinta-feira (14/12), após passar por uma cirurgia para reconstruir parte da face. No início da semana, a Polícia Militar instaurou um inquérito para apurar o ocorrido.
Daiane Cristina Santos foi baleada enquanto tomava conta de um bar que pertence a sua irmã. Próximo ao estabelecimento, há um ponto de venda de drogas. Ao Metrópoles, Daiane diz não acreditar que o disparo tenha sido acidental ou que o policial tenha se confundido.
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Mulher atingida por bala de borracha Arquivo pessoal
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Mulher atingida por bala de borracha Arquivo pessoal
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Mulher atingida por bala de borracha Arquivo pessoal
“Não tinha ninguém lá. Eu vi as viaturas chegando. O policial desceu com a arma já em punho. Eu estava sentada, assistindo Tik Tok. Dei boa noite, ele me deu um tiro. Não tinha como confundir. Eu estava sozinha no estabelecimento trabalhando”, disse Daiane.
“Eu nunca mais vou enxergar na minha vida. Só de estar viva é um grande milagre. Do modo que aconteceu, não era nem para eu estar aqui. Só quero Justiça”, completou ela.
Versão da SSP
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que, por volta das 20h, policiais que estavam na Rua Dona Eloá do Valle Quadros avistaram um suspeito traficando drogas no local. Ele teria fugido ao perceber a aproximação da equipe da PM. O disparo teria ocorrido durante a perseguição.
A pasta não informou se o suspeito de tráfico de drogas teria sido detido. O caso é investigado pelo 49º Distrito Policial de São Paulo, em São Mateus.
Cirurgia
A cirurgia para retirar o projétil e reconstruir a face de Daiane ocorreu nessa quarta-feira (13/12). O procedimento durou cerca de 4 horas.
“Graças a Deus, a cirurgia foi ótima. Durou 4 horas, foi até menos do que os médicos achavam”, disse Cintia, irmã de Daiane, ao Metrópoles.
