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Defesa pede liberdade de dono de Porsche após prisão ser decretada

Advogados entraram com pedido de habeas corpus no STJ em favor do empresário Fernando Sastre Filho; ele deve se entregar nesta segunda-feira

atualizado

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1 de 1 Imagem mostra homem com camiseta preta - Metrópoles - Foto: Reprodução/TV Globo

São Paulo  — A defesa do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, acusado de dirigir embriagado um Porsche em alta velocidade e matar um motorista de aplicativo em 31 de março, protocolou, na madrugada desta segunda-feira (6/5), um pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para evitar que ele seja preso.

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Os advogados de Fernando Filho alegam que a prisão preventiva é ilegal porque tem como objetivo reformar a decisão do juiz que manteve o empresário em liberdade.

A defesa argumenta que o empresário cumpriu as 8 medidas cautelares que haviam sido impostas a ele anteriormente. Além disso, os advogados dizem que um pedido de prisão deveria estar baseado em “novos fatos” e consideram a medida “desproporcional e injusta”.

Na sexta-feira (3/5), o desembargador João Augusto Garcia, da 5ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), acatou um recurso do Ministério Público do estado (MPSP) e expediu o mandado de prisão preventiva contra o empresário.

Ao fundamentar o mandado de prisão, o juiz João Augusto Garcia afirmou que, após a imposição das primeiras medidas cautelares, foram divulgadas novas informações, como o laudo apontando que o empresário estava mais de 100km/h acima do limite de velocidade.

A expectativa é de que ele compareça ao 30º Distrito Policial da capital, no Tatuapé, e se entregue à polícia nesta segunda-feira.

Anteriormente, juízes de primeira instância haviam recusado três pedidos de prisão contra Fernando Sastre — dois de prisão preventiva e um de prisão temporária.

Homicídio qualificado

Fernando Filho é réu por homicídio qualificado e lesão corporal gravíssima. O motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, que dirigia um Renault Sandero, morreu logo após ser atingido pelo Porsche do empresário na Avenida Salim Farah Maluf, zona leste de São Paulo.

A outra vítima é o estudante Marcus Vinicius Machado Rocha, de 22 anos, que estava de carona no Porsche. Ele fraturou quatro costelas, precisou ser hospitalizado e perdeu o baço. À polícia, ele disse que Fernando Filho havia ingerido bebida alcóolica antes, contrariando o depoimento do dono do Porsche.

Mesmo com sinais de embriaguez, Fernando Filho recebeu permissão dos PMs para ir embora, sem fazer o teste do bafômetro. Os agentes responsáveis pela liberação indevida também são alvos de investigação.

Empresário nega embriaguez

Em entrevista concedida ao programa Fantástico, da TV Globo, exibida na noite desse domingo (5/5), Fernando Sastre disse que não ingeriu bebida alcoólica e não teve a sensação de que estava em alta velocidade.

Ele afirmou que só bebeu água durante toda a noite. “Não consumi [bebida alcoólica]. Não bebi no primeiro ambiente, não bebi também na casa de pôquer”, afirmou. Orientado pela defesa, o empresário não comentou depoimento de outras testemunhas que dizem que ele bebeu.

Investigações apontaram que o carro do empresário estava a 156 km/h na via, onde a velocidade máxima permitida é de 50 km/h.

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