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Caso Porsche: MPSP denuncia empresário por homicídio e lesão corporal

Segundo promotora, Fernando Filho bebeu álcool em dois estabelecimentos antes de dirigir e assumiu o risco de provocar o acidente com morte

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Foto colorida de Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo — O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou, nesta segunda-feira (29/4), o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, pelos crimes de homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima. No dia 31 de março, Fernando Filho dirigia um Porsche em alta velocidade quando provocou um acidente que deixou um morto na zona leste da cidade.

Para a promotora Monique Ratton, o empresário agiu com dolo eventual. Ela também se manifestou de forma favorável à decretação de prisão preventiva do motorista do Porsche para evitar que ele influencie testemunhas do caso.

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De acordo com o MPSP, o empresário ingeriu álcool em dois estabelecimentos antes de dirigir seu veículo. A namorada dele e um casal de amigos tentaram demovê-lo da intenção de dirigir, mas Fernando Filho, ainda assim, optou por assumir o risco.

Na avenida, trafegou a mais de 150 km/h, atingindo um automóvel dirigido por um motorista de aplicativo, que morreu.  A vítima que ia no banco de passageiros do carro de luxo teve ferimentos gravíssimos, ficando na UTI por dez dias, com perda de órgão”, informa comunicado do MPSP sobre a denúncia.

A promotora lembrou, na denúncia, que o empresário só se apresentou à polícia mais de 36 horas após o acidente, depois de ter sido liberado pelos policiais militares que atenderam a ocorrência.

Sobre a liberação de Fernando Filho, o MPSP pediu à Justiça o compartilhamento de provas que indiquem possível falha na conduta dos PMs. O objetivo, segundo a promotora, é que respondam por eventual crime por “terem cedido ao pedido da genitora do denunciado de levá-lo ao hospital, quando deveriam tê-lo escoltado até o local”.

A pena de homicídio culposo qualificado varia de 12 a 30 anos de reclusão. Já o crime de lesão corporal gravíssima pode elevar a pena total em um sexto.

Como foi o acidente

Fernando Filho dirigia o Porsche, avaliado em mais de R$ 1 milhão, em altíssima velocidade quando bateu na traseira do Renault Sandero do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos. Ornaldo foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Além do motorista de aplicativo que morreu, o estudante Marcus Vinicius Machado Rocha, de 22 anos, que estava de carona no Porsche, sofreu ferimentos graves e precisou passar por cirurgia. À polícia, ele disse que Fernando Filho havia ingerido bebida alcóolica antes, contrariando o depoimento do dono do Porsche.

O empresário admitiu que dirigia “um pouco acima” da velocidade permitida, que é de até 50 km/h, e negou ter ingerido bebida alcoólica – versão que é contestada por vídeos e relatos de testemunhas colhidos pelos investigadores.

A Justiça negou dois pedidos de prisão contra o empresário, mas impôs fiança de R$ 500 mil e suspendeu sua CNH. Ele e a mãe também tiveram que entregar seus celulares à polícia. A quebra do sigilo de dados foi autorizada. Um novo pedido de prisão foi feito na semana passada, após a conclusão do inquérito, mas ainda não foi analisado pela Justiça.

Na ocasião do acidente, a defesa de Fernando Filho afirmou que entrou em contato com a família da vítima para prestar solidariedade e toda a “assistência necessária”. “Obviamente, a perda não será reparada, mas minimamente prestaremos amparo necessário neste momento de tal fatalidade”, diz nota dos advogados.

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