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De tatu a gambá: brigada resgata animais feridos por incêndios em SP

Animais atingidos pelos incêndios florestais estão sendo atendidos por uma rede de reabilitação do estado, com suporte de voluntários

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Tamanduá-bandeira é atendido em Ribeirão Preto/Crédito: Divulgação/Governo de São Paulo
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1 de 1 tamandua-1 - Foto: Tamanduá-bandeira é atendido em Ribeirão Preto/Crédito: Divulgação/Governo de São Paulo

São Paulo — Animais atingidos pelos incêndios florestais que ocorrem no interior de São Paulo estão sendo atendidos por uma rede de reabilitação estruturada pelo governo do estado paulista. Entre as espécies socorridas estão cobras, lagartos, gambás, tamanduás-bandeira (na foto em destaque), tamanduás-mirim, macacos-prego e tatus.

A medida faz parte de um conjunto de ações do gabinete de crise anunciado pelo governo do estado para combater os incêndios que atingiram 45 cidades na última semana. Até o momento, 26 unidades integradas estão em alerta para atender animais resgatados das queimadas e outros que, ao tentar fugir do fogo, acabam sendo atropelados nas rodovias.

Somente o centro de reabilitação de Ribeirão Preto, em uma das regiões mais afetadas, recebeu 17 animais resgatados. Até a última sexta-feira (29/8), oito deles tinham morrido em decorrência de queimaduras, insuficiência respiratória e outras complicações.

Tamanduá-bandeira

O caso mais grave na unidade é o do tamanduá-bandeira, espécie em extinção no Brasil. O animal, uma fêmea adulta, que ganhou o nome Vitória (veja abaixo), teve queimaduras de terceiro grau nas patas e no focinho.

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Vitória teve queimaduras de terceiro grau nas patas e no focinho
Mesmo machucada, Vitória lutou tanto para escapar das chamas que acabou sofrendo um estresse severo, descompensando praticamente todas suas funções vitais
Tamanduá-bandeira, espécie em extinção no Brasil, é atendido em Ribeirão Preto
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O caso mais grave na unidade é o do tamanduá-bandeira, espécie em extinção no Brasil

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Vitória teve queimaduras de terceiro grau nas patas e no focinho

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Mesmo machucada, Vitória lutou tanto para escapar das chamas que acabou sofrendo um estresse severo, descompensando praticamente todas suas funções vitais

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Tamanduá-bandeira, espécie em extinção no Brasil, é atendido em Ribeirão Preto

Tamanduá-bandeira é atendido em Ribeirão Preto/Crédito: Divulgação/Governo de São Paulo

De acordo com o monitoramento do estado, mesmo machucada, Vitória lutou tanto para escapar das chamas que acabou sofrendo um estresse severo, descompensando praticamente todas suas funções vitais. A tamanduá está sendo monitorada 24 horas por dia, assim como todos os outros que chegam em estado crítico.

Para Isabella Saraiva, diretora do Departamento da Fauna Silvestre, vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), a articulação dessa rede de atendimento foi imprescindível para garantir que Vitória e outros animais fossem atendidos por equipes multidisciplinares e especializadas em animais selvagens.

“Fizemos contato com todos os centros autorizados de triagem e reabilitação localizados em vários municípios paulistas, e todos se prontificaram a colaborar gratuitamente. Veterinários, zootecnistas, biólogos, nutricionistas e outros especialistas abraçaram a causa e estão em estado de alerta para receber os resgatados”, ressaltou.

Como funciona

A Semil é responsável pelo Centro de Triagem e Reabilitação (Cetras), localizada no Parque Ecológico Tietê, em São Paulo.

As demais unidades envolvidas na ação são geridas pelos municípios onde estão localizadas, mas só podem funcionar se tiverem autorização do estado.

As unidades devem ter autorização para receber, identificar, acolher, cuidar e reabilitar animais silvestres provenientes de ações de fiscalização, resgate, como casos de incêndios, e entregas espontâneas realizadas pela população. O objetivo principal é devolver esses animais recuperados ao ambiente natural.

Além desses centros, entidades do terceiro setor e clínicas particulares que possuem médicos veterinários e biólogos habilitados em animais silvestres também foram alertadas sobre possíveis emergências, e a maioria se dispôs a atendê-los gratuitamente.

O que fazer se encontrar um animal

A diretora do Departamento da Fauna Silvestre faz um alerta à população, caso encontre algum animal ferido ou debilitado.

A orientação é para não mexer no animal e imediatamente entrar em contato com a Polícia Militar Ambiental (190), Corpo de Bombeiros (193) ou Guarda Municipal para o resgate, segundo Isabella Saraiva.

Caso alguma clínica veterinária não especializada em espécies selvagens receba algum animal, a instrução é que realize o encaminhamento para alguma das unidades autorizadas do Cetras no estado.

A lista de Cetras em funcionamento no estado é atualizada no site oficial da Semil. 

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