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Com ameaça velada, cresce pressão sobre privatização da Sabesp em SP

Aliados do prefeito na Câmara querem impor condições para liberar proposta de Tarcísio de Freitas, como aumentar investimentos em SP

atualizado

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Gilberto Marques/Governo de SP
Imagem colorida mostra grandes toneis azuis em estação de tratamento de água da Sabesp - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra grandes toneis azuis em estação de tratamento de água da Sabesp - Metrópoles - Foto: Gilberto Marques/Governo de SP

São Paulo — Vereadores aliados do prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), vão instalar na semana que vem, na Câmara Municipal, uma comissão especial que deve cobrar mais investimentos e criar sérios entraves ao projeto de privatização Sabesp do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Os parlamentares querem listar investimentos obrigatórios que a Sabesp terá de fazer, especialmente na coleta de esgotos em áreas da periferia, para concordarem com o plano de privatização de Tarcísio, uma das promessas de campanha do governador.

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Além disso, os vereadores querem rediscutir cláusulas do contrato que a Sabesp tem com a Prefeitura de São Paulo para fornecer água tratada e coletar e tratar esgoto na capital. O contrato vigente garante um repasse de 7% da arrecadação da estatal na cidade para a administração municipal e de 13% dos investimentos da companhia em território paulistano.

O contrato, assinado na gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (2006-2012), previa que, em caso de privatização da Sabesp, o acordo poderia ser desfeito e a cidade poderia ter uma gestão própria dos serviços. Com base nesse termo, os vereadores da base de Nunes, com consentimento da Prefeitura, têm feito ameaças veladas que desafiam o plano de Tarcísio.

Nos bastidores, o grupo cogita, por exemplo, propor a criação de uma empresa municipal para substituir a Sabesp, caso a privatização não ocorra nos termos que eles avaliam ser mais adequados. Neste contexto, aliados de Nunes lembram que a cidade tem avaliação de grau de investimento na agência de classificação americana Fitch, o que ajudaria a estruturar uma nova operação de saneamento na capital em parceria com o setor privado.

Nunes conta com o apoio de Tarcísio para sua reeleição no ano que vem não deve se envolver nas discussões do Legislativo. Há cuidado entre os aliados do prefeito na Câmara para não envolvê-lo no embate sobre a privatização da Sabesp, que poderia minar a aliança eleitoral do emedebista com o governador.

Por isso, a comissão da Câmara foi desenhada pelo presidente da Casa, Milton Leite (União), principal aliado de Nunes na capital, e pelos demais líderes das bancadas da base, para ter um caráter consultivo. Oficialmente, o grupo vai apenas subsidiar os vereadores com estudos sobre as melhores alternativas para a cidade no serviço de água e esgoto.

A criação da comissão foi aprovada em uma reunião das lideranças das bancadas da Câmara na última terça (10/10). Na ocasião, Milton Leite disse que a Sabesp lançava “um lodo de fezes” nas represas da zona sul da cidade.

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