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Conheça a Garganta do Diabo, onde embarcação com 7 pessoas naufragou

Região entre a Ilha Porchat e o Parque Estadual Xixová-Japuí é marcada por correntes marítimas fortes, ondas e formação rochosa irregular

atualizado

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Garganta do Diabo
1 de 1 Garganta do Diabo - Foto: Google Maps/Arte Metrópoles

São Paulo — A embarcação com sete pessoas que naufragou na noite desse domingo (29/9) em São Vicente, no litoral de São Paulo, afundou na região da Garganta do Diabo, entre a Ilha Porchat e o Parque Estadual Xixová-Japuí, em um estreitamento que desemboca na Baía de São Vicente (veja mapa abaixo).

Por ser uma região de “estrangulamento” do mar — um canal estreito –, o local é marcado por correntes marítimas fortes, ondas intensas e formação rochosa irregular, fatores que aumentam o risco de afogamentos e acidentes, como o naufrágio de embarcações. Em 2017, por exemplo, uma jovem de 18 anos e o piloto de uma moto aquática foram resgatados por um policial militar depois de ficarem à deriva na região.

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Mapa da Garganta do Diabo
Embarcação com 7 pessoas naufraga na Garganta do Diabo, litoral de SP
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Carta náutica da Marinha

Marinha do Brasil
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Mapa da Garganta do Diabo

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Embarcação com 7 pessoas naufraga na Garganta do Diabo, litoral de SP

Reprodução/ Instagram

Lá, há bancos de areia que se movimentam ao longo do tempo, o que pode alterar a profundidade do fundo marinho e criar áreas instáveis. Como consequência, pode haver alteração do regime de ondas e a maneira que elas se comportam quando se aproximam da Baía de São Vicente, podendo ficar mais altas.

É isso, inclusive, que atrai muitos surfistas para a região, que precisam se manter atentos em relação a previsões da maré e de ondas para evitar acidentes.

Lendas urbanas foram as principais responsáveis para atribuir o nome que o canal ganhou, incluindo a de que o local “engolia” barcos que passavam por lá, como uma garganta. Além disso, há uma crença popular de que a Garganta serviu de passagem para as caravelas de Martim Afonso na fundação da Vila de São Vicente, mas não há fundamentos suficientes para embasar a hipótese.

O acidente

Equipes da Estação de Bombeiros Guarda-Vidas de São Vicente e da Marinha do Brasil retomaram as buscas a partir das 7h desta terça-feira (1º/10) de duas pessoas que seguem desaparecidas após naufrágio de embarcação na região.

Aline Tamara Moreira de Amorim, de 37 anos, e Beatriz Tavares da Silva Faria, de 27, estão sendo procuradas pelos bombeiros desde a noite do domingo. Outras cinco pessoas que estavam com elas já foram resgatadas.

Segundo os bombeiros de São Vicente, embarcações da Guarda Municipal e da Polícia Ambiental fazem parte das buscas por Aline e Beatriz.

As pessoas já resgatadas são Vanessa Audrey da Silva, Camila Alves de Carvalho, Daniel Gonçalves Ferreira, Gabriela Santos Lima e Natan Cardoso Soares da Silva.

Aline Amorim publicou fotos e vídeos nas redes sociais (veja abaixo) momentos antes do acidente. As pessoas que estavam a bordo participavam de uma festa e, durante o transporte de volta à terra, o barco afundou.

Veja:

Camila Alves, que já foi resgatada, usou as redes sociais após o naufrágio para pedir orações pela vida da amiga, Aline, e de “Bea”, referindo-se a Beatriz Faria. Além disso, ela ressaltou que o ocorrido foi, de fato, um acidente.

“Não tinha ninguém alcoolizado ou drogado no barco, não. Foi um acidente. Uma hora a verdade aparece”, disse nos stories do Instagram.

Com um curativo na testa, ela afirmou que todos ficaram muito machucados. A jovem também revelou que as meninas que ainda estão desaparecidas não sabem nadar e não estavam usando colete salva-vidas.

Veja:

Em nota, a Marinha afirmou que um inquérito administrativo foi instaurado a fim de investigar as possíveis causas e responsabilidades pelo acidente.

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