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Com 3 apagões em 9 dias, rua é símbolo dos problemas da Enel em SP

Moradores desacreditam na normalização do serviço; energia voltou pela terceira vez na manhã desta quinta (26/3), mas em apenas parte da rua

atualizado

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Arquivo/Marleide Rocha
Prédios com luzes apagadas
1 de 1 Prédios com luzes apagadas - Foto: Arquivo/Marleide Rocha

São Paulo — A Rua Paim, na Bela Vista, se tornou símbolo dos problemas de abastecimento de energia elétrica no centro de São Paulo. Há 9 dias, seus moradores estão sofrendo com idas e vindas da luz, que se somam às obras da concessionária, obras de uma estação de metrô e caminhões com geradores que deixam cheiro de diesel, fazem barulho alto e atrapalham o tráfego em rua já estreita. 

A luz foi religada pela terceira vez na manhã desta terça-feira (26/3), mas em apenas parte da rua. Outra parte segue sendo abastecida por meio de geradores, até que sejam concluídos os reparos na rede elétrica no local, informou a Enel em nota enviada ao Metrópoles

O problema tem gerado desgaste para os moradores, que deixaram de acreditar em uma solução definitiva: “A palavra que define toda essa situação é frustração”, conta Thales Lopes. “Tudo acaba não funcionando. E o que piora muito é que a Enel não tem um posicionamento concreto do que está acontecendo e quando o problema vai ser totalmente resolvido”, reclama o advogado.

Três apagões em 9 dias 

O primeiro apagão ocorreu em 18 de março, uma segunda-feira. Os moradores tiveram apenas um dia e meio de serviço regular. Na manhã de quarta-feira (20/3), às 9h, houve uma nova interrupção no fornecimento de energia, que durou até quinta-feira (21/3), por volta das 22h, quando a Enel começou a instalar geradores.

Durante as 36 horas do segundo apagão, moradores relataram uma tentativa de saque a um prédio na rua. Desde então, o comerciante John Arthur Silva, que trabalha em uma floricultura na rua, contou que alguns prédios começaram a adotar porteiros 24 horas para inibir problemas de segurança. 

O florista relata que os geradores seguraram parcialmente o abastecimento de luz, mas não da rua por completo. Desde que foram instalados, o serviço de luz oscila ainda mais frequentemente. “Eu contei 6 geradores para a rua inteira. Somente o meu lado da rua estava sendo abastecido”, relatou John ao Metrópoles

Os geradores forneceram energia parcialmente durante o último fim de semana, mas nem todos os equipamentos podiam ser ligados. Marcos Xavier relatou que só conseguiu usar o elevador do prédio onde mora no domingo (24/3). Nos outros oito dias, ele subiu os 24 andares pelas escadas. “Eu sou jovem, então subir escadas não é um grande problema para mim. Mas penso nos idosos, nas pessoas com necessidades. O impacto sobre eles está sendo enorme,” lamentou.

Os geradores começaram a ser substituídos na noite de segunda-feira (25/3), o que resultou em um terceiro apagão na rua. Durante esse período, os moradores enfrentaram dificuldades na comunicação com a concessionária. “O descaso no atendimento é total. Não temos como saber o que está acontecendo porque a Enel não nos dá nenhuma explicação”, relata a jornalista Marleide Rocha.

Buraco na calçada
Buraco na calçada da Rua Paim aberto durante trabalho da Enel

Durante a manhã desta terça-feira (26/3), o serviço foi normalizado novamente, mas os moradores duvidam que seja duradouro. Marleide Rocha lembra que a rua enfrenta problemas de abastecimento há algum tempo.

No início de março, após uma tempestade no dia 5, a Rua Paim ficou pelo menos um dia sem energia. “Eu moro aqui há um ano e, desde que me mudei, tivemos diversos casos de quedas parciais de energia na rua e já precisamos usar geradores para elevadores e emergências anteriormente,” disse Marleide.

Transtornos permanentes 

Os moradores contam que a falta de energia recorrente tem deixado um legado de problemas para a vizinhança.

O florista John Arthur Silva relata que a concessionária já tinha deixado dois buracos abertos nas entradas da rua depois do apagão do início de março.

Buraco na entrada na Rua Paim usado pela Enel
Buraco na entrada na Rua Paim usado pela Enel

Agora, os buracos se somam a outras aberturas feitas recentemente na calçada para reparos nos fios subterrâneos.

Há ainda, uma cratera que se abriu na Rua Paim por conta das obras do metrô da Linha Laranja.

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