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Capital paulista tem aumento de 13,91% nos casos de dengue em um ano

Entre os dias 1º de janeiro e 21 de dezembro deste ano foram 13.509 casos confirmados da doença, contra 11.859 no mesmo período de 2022

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Imagem mostra mosquito Aedes Aegypiti na pele de uma pessoa - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra mosquito Aedes Aegypiti na pele de uma pessoa - Metrópoles - Foto: Getty Images/Reprodução

São Paulo – A cidade de São Paulo vai fechar o ano de 2023 com aumento no número de casos de dengue em relação a 2022. Entre os dias 1º de janeiro e 21 de dezembro deste ano foram 13.509 casos confirmados da doença na capital paulista, contra 11.859 no mesmo período do ano passado — um crescimento de 13,91%.

Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde e mostram a capital na contramão do estado, que registrou queda de 3,6% nas infecções por dengue entre os dois anos.

Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, até o último dia 23 de dezembro, foram registrados 318.996 infecções e 284 óbitos pela doença.

Em novembro, o Metrópoles mostrou que a onda de calor extremo que atingiu a cidade de São Paulo levantou um alerta para a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

De acordo com o médico Fernando de Oliveira, infectologista do Hospital São Luiz Morumbi, a incidência de casos de dengue varia conforme as condições climáticas e está diretamente associada ao aumento das temperaturas e das chuvas.

“Esse cenário climático favorece o aumento do número de criadouros disponíveis, assim como o desenvolvimento do vetor”, disse Oliveira. A combinação dessas condições, explica o médico, resulta no cenário ideal para que o mosquito que transmite o vírus se espalhe.

O que diz a Prefeitura

Em nota ao Metrópoles, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que “investe fortemente no combate à dengue e outras arboviroses”.

Neste ano, disse a pasta, foram realizadas 5.239.858 ações de prevenção ao Aedes aegypti na capital, tais como: visitas casa a casa, vistorias a imóveis e pontos estratégicos, ações de bloqueios de criadouros e nebulizações, orientações à população, entre outras atividades.

Em relação aos investimentos na infraestrutura de combate à dengue em 2022 e 2023, a secretaria apontou a ampliação da frota de veículos com 104 minivans, a aquisição de 30 novos equipamentos de nebulização veicular, o chamamento de concurso público para contratar 703 servidores, a importação direta de 15 mil litros de inseticida para nebulização (fumacê) e a aquisição e distribuição de 20 mil armadilhas de autodisseminação de larvicida em toda a cidade.

Vacina contra dengue

Na semana passada, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina Qdenga, contra a dengue, ao Sistema Único de Saúde (SUS). A imunização deve começar em fevereiro e a expectativa é que sejam entregues cerca de 5 milhões de doses até o mês de novembro de 2024.

A farmacêutica que fabrica o imunizante, Takeda, informou que a capacidade de fornecimento de doses ainda é limitada. Dessa forma, ainda não será possível disponibilizar a vacina em larga escala em um primeiro momento.

Sintomas da doença

Os principais sintomas da dengue, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, são febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor no corpo, perda de apetite, manchas vermelhas na pele, náuseas e vômitos, tontura, extremo cansaço e dores nas articulações.
A orientação ao paciente que apresente algum desses sinais é procurar uma unidade de saúde. Segundo a Prefeitura de São Paulo, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e prontos-socorros realizam o atendimento e o teste rápido para dengue (TR-Dengue), de acordo com a avaliação clínica.

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