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Cantor preso: dentista carbonizada levou tiro no rosto, indica raio-x

Cantor João Vitor Malachias está preso por suspeita de matar a dentista Bruna Angleri, sua ex-namorada, que foi encontrada carbonizada

atualizado

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Reprodução/Polícia Civil
Montagem com duas imagens. À direita, foto da dentista, uma mulher loira e branca,que foi assassinada. À direita, imagem do exame de raio-x
1 de 1 Montagem com duas imagens. À direita, foto da dentista, uma mulher loira e branca,que foi assassinada. À direita, imagem do exame de raio-x - Foto: Reprodução/Polícia Civil

São Paulo – Raio-x realizado no corpo de Bruna Viviane Angleri, de 40 anos, mostra que a dentista foi baleada no rosto antes de ter o corpo carbonizado no interior paulista. Ex-namorado da vítima, o cantor sertanejo João Vitor Malachias, 28, está preso temporariamente, suspeito de feminicídio.

O corpo de Bruna foi encontrado na manhã de 27 de setembro em cima da cama, na casa onde morava em Araras, a cerca de 170 quilômetros da capital paulista. Os exames foram feitos no Instituto Médico Legal (IML), e as imagens (veja abaixo) estão no relatório de investigação da Polícia Civil, obtido pelo Metrópoles. O caso está sob segredo de Justiça.

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Mesmo com o cadáver parcialmente queimado, o médico legista identificou, quando ainda estava no local do assassinato, “severas lesões” no rosto e diversos hematomas na vítima. Ao realizar raio-x e tomografia, o profissional descobriu estilhaços de projétil de arma de fogo, localizados na face da dentista, que foram removidos.

Fotos da cena do crime mostram que só o lado da cama em que Bruna foi encontrada estava destruído pelas chamas. Segundo a investigação, não havia “nenhum elemento que possa dar indicativo que ocorreu algum curto-circuito” ou “vestígio de incêndio meramente acidental” no cômodo.

“No quarto da residência onde se encontrava a vítima, percebemos que as marcas de fogo estavam direcionadas ao corpo de Bruna, dando a entender que tal ato foi realizado para acobertar a real causa da morte”, diz o relatório.

“Neste cenário, sem prejuízo da vinda dos laudos posteriormente, há prova da materialidade do delito de homicídio, que foi praticado com crueldade, com emprego de fogo, provavelmente após tortura e sem chances de defesa para a vítima.”

Câmeras de segurança

João Vittor, nome artístico do cantor sertanejo, virou o principal suspeito do assassinato após a Polícia Civil identificar que Bruna tinha uma medida protetiva contra ele. Os investigadores, então, começaram a fazer o passo a passo do suspeito e de Bruna nas horas anteriores ao crime.

Imagens de câmeras de segurança, levantadas pelos policiais, mostram que a dentista foi de carro para um bar na noite de 26 de outubro, véspera do assassinato. Ela deixa o estabelecimento sozinha às 22h34 e chega a sua casa 13 minutos depois.

As mesmas câmeras também flagraram que um veículo Honda Civic, registrado no nome da mãe de João Vittor, passou pelo bar quando Bruna ainda estava lá. Um garçom do local confirmou, em depoimento, ter visto o cantor no carro.

Já as imagens coletadas no condomínio onde a dentista morava mostram uma “névoa de fumaça” à 0h28. Para os investigadores, a gravação corresponde ao momento em que o quarto de Bruna está pegando fogo.

Arma no capô

Em depoimento, João Vittor declarou que passou aquela noite na casa da avó, localizada a cerca de quatro quilômetros do local do crime, aonde teria chegado por volta das 20h30.

Os policiais, entretanto, concluíram que o veículo do suspeito não estava estacionado na rua no horário que ele disse. Segundo a investigação, as imagens mostram que o cantor só chega à casa da avó à 0h58, já depois do assassinato, e sai novamente à 1h24, dirigindo um Fiat Doblô.

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“Os fatos ocorridos demonstram que João Vitor ficou exatamente 25 minutos na casa de sua avó, certamente o tempo necessário para tomar um banho, trocar de roupa, sair novamente”, diz o relatório.

Em seguida, o cantor foi até a casa do seu produtor, de acordo com o relatório policial. Às 8h46, João Vittor é flagrado por outra câmera de segurança, abrindo o capô do veículo (imagens acima).

De lá, ele pega um objeto, que a polícia acredita ser o celular da vítima, e coloca no bolso. Em seguida, sai segurando algo, embrulhado no pano, que “muito se assemelha a um revólver”, de acordo com a investigação.

Na Justiça paulista, a defesa alega que não haveria “qualquer prova robusta” de que João Vittor teria matado e queimado o corpo da ex-namorada. Também diz que o suspeito teria álibi, já que “estava em contato com os amigos durante toda a noite” e, portanto, não poderia ter cometido o crime.

Procurado pelo Metrópoles, o advogado Diego Emanuel Costa, que representa João Vittor, afirmou que seu cliente está “tranquilo” em relação às acusações. “Demonstraremos no transcorrer do processo sua inocência, caso haja denúncia”, afirmou.

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