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Aliados do Republicanos desfrutaram de fritura de Tarcísio no PL

Ala mais próxima ao deputado Marcos Pereira, presidente nacional do Republicanos, estava enciumada com a relação entre Tarcísio e o PL

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Divulgação/Republicanos
Imagem colorida do presidente do Republicanos Marcos Pereira sentado ao fundo na mesa conversando com o governador Tarcísio de Freitas à esquerda na foto - metrópoles
1 de 1 Imagem colorida do presidente do Republicanos Marcos Pereira sentado ao fundo na mesa conversando com o governador Tarcísio de Freitas à esquerda na foto - metrópoles - Foto: Divulgação/Republicanos

São Paulo – O desgaste sofrido por Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante a reunião do PL, na semana passada, quando foi hostilizado e interrompido por bolsonaristas, agradou correligionários do governador.

A ala paulista do Republicanos mais próxima ao deputado federal Marcos Pereira, presidente nacional do partido e bispo licenciado da Igreja Universal, estava enciumada com a relação entre Tarcísio e o PL, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Enquanto Tarcísio se explicava ao PL, em reunião apontada por auxiliares do governador como uma “armadilha” do presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, Pereira saiu em defesa de Tarcísio e ainda orientou a bancada do Republicanos a votar a favor da reforma tributária.

“Tarcísio conduziu com maestria os principais pontos divergentes da reforma. A contribuição de Tarcísio ficou marcada na história do Brasil como atuação de um grande estadista”, disse Pereira em um vídeo divulgado nessa segunda-feira (10/7).

Internamente, parlamentares do Republicanos viram a fritura de Tarcísio na reunião do PL como um “bem feito”. O grupo entende que, embora politicamente inexperiente, o governador é suficientemente observador para entender que, fora de seu partido, ele não tem garantia de apoio – ao menos publicamente.

Para eles, o suporte da cúpula do Republicanos num momento em que Tarcísio se viu acuado até mesmo por Bolsonaro, seu padrinho político, o aproximou da sigla que o elegeu.

As queixas do Republicanos

Aliados do Republicanos se incomodaram com a falta de cargos no governo paulista e da pouca atenção dada por Tarcísio à bancada do partido na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). As reclamações são similares às dos deputados bolsonaristas.

O incômodo de ambos os lados é com a proximidade do governador com a ala mais próxima de Valdemar, apontada por eles como um grupo político de atuação mais fisiológica.

Embora o líder do governo na Alesp, o deputado Jorge Wilson “Xerife do Consumidor”, seja filiado ao Republicanos, a articulação da gestão Tarcísio tem sido costurada pelo presidente da Casa, André do Prado (PL), pupilo de Valdemar.

A presidência da Assembleia foi pleiteada tanto por deputados do Republicanos como por parlamentares bolsonaristas, mas Tarcísio apoiou a candidatura de Prado, em março, como forma de retribuir a Valdemar os benefícios concedidos a Bolsonaro na presidência de honra do partido.

O mesmo ocorreu com a liderança do governo, episódio que, mais uma vez, desagradou bolsonaristas e deputados do Republicanos.

O nome de Jorge Wilson é tido, internamente, como inábil para a função. A escolha dele para o cargo foi apontada como um afago à sigla sem conceder muito poder ao partido, já que o deputado não é ligado à ala mais próxima da Igreja Universal e mira a disputa à Prefeitura de Guarulhos em 2024.

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